O Bahia chega à reta final do Brasileiro com números que explicam a solidez de seu projeto técnico. Rogério Ceni alcança diante do Fortaleza a marca de 154 jogos, o que transforma o Tricolor no time que mais treinou em sua carreira. O recorde surge em meio a uma campanha estável, sustentada por títulos recentes e por vitórias históricas contra rivais que antes representavam barreiras esportivas quase intransponíveis.

A trajetória de Ceni no Bahia revela um trabalho que combinou correções urgentes com construção de identidade. O técnico reorganizou a equipe desde o modelo defensivo até a mobilidade ofensiva, ampliou a competitividade em casa e impulsionou um grupo que amadureceu coletivamente. O repertório herdado dos anos de Fortaleza aparece filtrado por novas exigências e por uma compreensão mais precisa do jogo posicional aplicado ao elenco atual.

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O impacto desse ciclo é direto no horizonte do clube. O Bahia disputa o G5 em condição real e pode registrar sua melhor campanha nos pontos corridos. O desempenho recente, somado à manutenção de um modelo que privilegia regularidade, dá ao time uma plataforma mais robusta para competir por vaga direta na Libertadores e para consolidar um período de estabilidade que não se via há décadas.

O recorde diante do Fortaleza contém forte simbologia. Ceni se firma não apenas como técnico longevo, mas como peça central na reconstrução moderna do Bahia. A consistência alcançada sugere que o clube encontrou um norte competitivo e institucional. Resta saber até onde essa jornada pode levar um projeto que, enfim, parece ter compreendido que ambição precisa caminhar junto com método e paciência.

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