Com o vice-campeonato na etapa de Jeffreys Bay, África do Sul, na última sexta-feira, Yago Dora ampliou sua liderança no ranking financeiro e esportivo da World Surf League (WSL) em 2025. O brasileiro soma US$ 346,6 mil em premiações, cerca de R$ 1,93 milhão na cotação atual, deixando para trás grandes nomes do surfe mundial. Essa vantagem coloca Yago em posição confortável para a reta final da temporada, que terá sua última etapa regular no Taiti, entre os dias 7 e 16 de agosto.

Tecnicamente, o desempenho de Yago Dora evidencia maturidade e regularidade notáveis para um atleta de sua idade. Seu estilo fluido, aliado a uma leitura estratégica das ondas, o diferencia na disputa. O surfista tem mostrado inteligência na escolha das baterias, aliando agressividade calculada a segurança, fatores essenciais para pontuar alto e manter a liderança em um circuito tão competitivo como a WSL, especialmente em 2025, quando o nível técnico se elevou com a renovação de talentos.

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Por outro lado, é preciso destacar que o caminho para o título mundial segue desafiador. O Finals, marcado para setembro, exige de Yago um desempenho impecável em uma única bateria decisiva. Apesar da vantagem por liderar a temporada, o formato do campeonato não admite relaxo, e a pressão para coroar seu melhor ano dentro e fora d'água é gigantesca. Em uma modalidade onde cada erro pode ser fatal, o surfista baiano terá que se apoiar na serenidade e na experiência adquirida ao longo da temporada.

Seja como for, a trajetória de Yago Dora tem um significado maior para o surfe brasileiro e para a Bahia, berço de tantos talentos do esporte. Sua liderança no ranking é um retrato da evolução técnica e profissional do surfe nacional em 2025. É aquele tal "xeque-mate" que só quem tem vivência entende: o momento é de colher frutos depois de anos de luta, disciplina e paixão, dentro e fora das ondas. E o Brasil, com um filho da terra na frente, pode muito bem sonhar alto com mais esse título.