O Centro de Convenções de Feira de Santana sediou, neste fim de semana, o 13º Encontro de Carros Antigos, evento promovido pelo Clube da Ferrugem que reuniu colecionadores e admiradores de veículos históricos de várias regiões do país.

 Segundo o diretor do clube, Paulo César, o encontro tem como objetivo preservar a memória e valorizar a cultura automobilística."Esse evento traz o passado, o presente e o futuro. Tivemos carros de várias décadas, incluindo modelos de 1939 e neocolecionáveis, com cerca de 20 anos. Preservar essas máquinas é manter viva a história", afirmou.

Paulo destacou ainda a importância cultural e o desafio de manter os veículos em bom estado."Cuidar de um carro antigo custa caro. As peças são difíceis de encontrar e poucos mecânicos ainda trabalham com esse tipo de veículo. Mas é uma paixão que atravessa gerações", disse.

Os visitantes puderam apreciar veículos de diferentes épocas e estilos, com destaque para a variedade de cores, característica que, segundo Paulo, se perdeu nos automóveis modernos.

"Hoje quase todos os carros têm as mesmas cores. Aqui, cada veículo tem um brilho e uma identidade própria. É isso que chama a atenção", observou.

O encontro atraiu colecionadores e entusiastas de diversas regiões, incluindo Aracaju, Petrolina e até São Paulo. Um casal paulista visitou o evento durante uma viagem pelo Nordeste, reforçando a relevância do encontro no calendário nacional de antigomobilismo.

O deputado federal Zé Neto,, participou do evento e destacou a importância de reconhecer o antigomobilismo como parte da cultura baiana."Por trás de cada carro antigo há preservação da história, memória e emoção. Isso é cultura e merece apoio", afirmou.

Zé Neto, que também é colecionador, relembrou sua trajetória com veículos antigos."Meu primeiro carro foi uma Rural comprada por 900 reais. Reformei e ela virou sensação nas campanhas políticas. Depois vieram outros, como o Flexmaster 48, considerado um dos carros mais bonitos da história do automobilismo", contou. 

Página de Notícias