Assembleia Legislativa é notificada sobre prisão do deputado Binho Galinha

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Assembleia Legislativa é notificada sobre prisão do deputado Binho Galinha

A Justiça manteve a prisão preventiva de Binho Galinha, após o deputado estadual passar por audiência de custódia.

Foto: Divulgação/ Alba
A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) foi notificada pela Justiça sobre a prisão do deputado Kleber Cristian Escolano de Almeida, mais conhecido como Binho Galinha (PRD). A informação foi repassada pela assessoria da Casa nesta segunda-feira (6). A burocracia era esperada para que o caso entrasse em discussão no parlamento.

O deputado é suspeito de comandar uma milícia responsável por lavagem de dinheiro há mais de uma década. Ele teve um mandado de prisão preventiva cumprido na sexta-feira (3), dois dias após ser dado como foragido. Além do parlamentar, a esposa e o filho foram presos, com outras sete pessoas.

Em nota, a Alba detalhou que, após ser notificada sobre a ação, foi pedido acesso à decisão judicial e aos autos do processo para entender o motivo da prisão e adotar medidas. Segundo a Casa, até a última atualização desta reportagem, esses detalhes não tinham sido compartilhados.

"Nós estamos aguardando que cheguem os autos para que a gente possa deliberar e seguir o que manda a nossa Constituição. Os deputados estão cautelosos, aguardando essa posição, com muita responsabilidade, que o caso requer", afirmou a deputada Ivana Bastos (PSD), presidente da Alba, em entrevista à TV Bahia.

Prisão preventiva mantida
Também nesta segunda-feira, a Justiça manteve a prisão preventiva de Binho Galinha, após o deputado estadual passar por audiência de custódia. A informação foi divulgada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).

O mandado foi determinado pela Justiça após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo com o foro privilegiado.

Segundo apurou a TV Bahia, diferentemente de 2023, quando ocorreu a primeira ação contra o grupo, o STF entendeu que foro, por prerrogativa de função, se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.

Foi apontado ainda que os crimes ocorridos antes do cargo ou a ele não relacionados devem ser apurados e processados pelo juízo de primeiro grau.

No mandado, a juíza responsável pela decisão reforçou que, no caso do deputado, a maioria dos ilícitos investigados são anteriores ao seu mandato ou, se posteriores, não possuem relação com a função parlamentar.

Inclusive, em 2011, quando ainda não era deputado estadual, Binho Galinha chegou a ser preso em uma operação contra roubo de carros.

Após ser preso na sexta-feira, o parlamentar foi escoltado por uma equipe de 20 agentes policiais e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) até Salvador, onde está custodiado em uma Sala de Estado-Maior.


Fonte: g1 Bahia

 

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Terça, 07 Outubro 2025

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