Audiência Pública debate reserva de carga horária para professores REDA na Câmara Municipal

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Audiência Pública debate reserva de carga horária para professores REDA na Câmara Municipal

Entre os casos citados, está a retirada de estudantes que, segundo Marlede, chegaram a lecionar em salas de aula sem formação docente.
Foto: Divulgação
A Câmara Municipal de Feira de Santana sediou, ontem, quinta-feira (14), uma audiência pública para discutir a implementação da reserva de carga horária para professores contratados pelo Regime Especial de Direito Administrativo (REDA) no município. O encontro foi promovido pela diretoria da APLB Feira e contou com a participação de trabalhadores da educação, representantes da sociedade civil e do assessor jurídico do sindicato, Maximiliano Ataíde.

Durante a audiência, Marlede Oliveira, presidente da APLB Feira, destacou que a ausência da medida contribui para a sobrecarga de trabalho, já que muitos professores cumprem 40 horas semanais em sala de aula.

"Nós quando assumimos a direção da APLB Sindicato, nos deparamos com os professores da rede municipal efetivos e também não tinha reserva de carga horária. Mais de mil professores trabalhavam 40 horas, em um regime exaustivo, não tinham tempo para preparar as atividades, porque para isso serve a reserva. Hoje é um direito que conquistamos e o presidente Lula colocou isso na forma de Lei, em 2008, mas Feira de Santana estava há 8 anos sem o cumprimento da Lei. Lutamos, buscamos garantia da reserva da carga horária na Luta, como foi o caso da ocupação que fizemos durante a Jornada Pedagógica de 2026 na UEFS e o governo teve que recuar e fazer um chamamento provisório dos profissionais do Reda. Fomos ativos na luta, fizemos greves, as crianças ficaram sem aulas, essa é a realidade de Feira de Santana que faz com que tenhamos um dos menores IDEBs do Brasil", Marlede Oliveira.

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Entre os casos citados, está a retirada de estudantes que, segundo Marlede, chegaram a lecionar em salas de aula sem formação docente.

"Quem está governando não está preocupado com os filhos da classe trabalhadora, porque se tivessem a educação tinha melhorado pois tem recursos, somos a maior cidade do interior da Bahia, entre as maiores cidades do Brasil, mas não tem compromisso em melhorar a educação. O caos se instaurou a ponto de ter vários estudantes em salas de aula contratados como professores, nossa gestão ingressou com ação na Justiça do Trabalho e foram obrigados a tirarem os estudantes que davam aula sem ser professor. Ninguém contrata um arquiteto que não é formado, nem um médico sem CRM, é nesse sentido que a gente precisa resolver o problema da reserva de carga horária dos contratados pelo REDA. Inclusive não é só o professor REDA que não tem reserva de carga horária, o professor da EJA que trabalha noturno também não tem". 

 

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Sexta, 15 Agosto 2025

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