Em evento com produtores rurais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que eles devem comprar armas de fogo. O chefe do Executivo relembrou as medidas do seu governo que facilitaram o acesso a armamento, estendendo o porte para todo o perímetro da propriedade rural e facilitando o registro dos CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores).

"Povo armado jamais será escravizado. Comprem suas armas, comprem suas armas. Isso também está na Bíblia, lá no 'Pedrão'. 'Vendam suas capas e comprem espadas'. Nós não somos cordeiros, não queremos ser lobos também, mas jamais seremos cordeiros de dois ou três", afirmou Bolsonaro em discurso no Encontro Nacional do Agro, organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

"Sou o chefe da nação e eu não vou chegar a 23 ou 24 e falar: O que eu não fiz lá atrás para o Brasil chegar a essa situação? Que isso custe a minha vida. Nós somos a maioria, nós somos pessoas de bem, nós, de verdade, trabalhamos. Vamos perder para narrativas? Para três ou quatro aí que assumiram cargos e se acham deuses?", acrescentou Bolsonaro.

O evento agro teve viés de campanha do presidente, que tenta a reeleição. Inclusive outras pessoas a discursarem no evento abondaram a temática apresentada e abordaram outros temas de viés bolsonarista, como a revisão do conteúdo dos livros didáticos da escola.

Estavam presentes no evento o candidato a vice de Bolsonaro, general Braga Netto, o presidente da Petrobras, Caio Mário Paes de Andrade, e os ministros Marcos Montes (Agricultura), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI), além do almirante Flávio Rocha, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.