Nome da deputada Carla Zambelli está na lista vermelha da Interpol

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Nome da deputada Carla Zambelli está na lista vermelha da Interpol

O mecanismo permite a difusão internacional da identidade de foragidos da Justiça 

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi inserido na lista vermelha da Interpol, a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O mecanismo permite a difusão internacional da identidade de foragidos da Justiça. A decisão consta em despacho de Moraes divulgado nesta quarta-feira (4).

Agora, Zambelli pode ser presa em outros países. Ela teve a prisão preventiva decretada e seus bens bloqueados pelo ministro, que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Zambelli anunciou que deixou o Brasil menos de um mês depois de ser condenada por unanimidade a dez anos de prisão pela Primeira Turma do STF. O bloqueio de bens determina a apreensão de passaportes da deputada, seus salários pagos pela Câmara, contas bancárias, ativos financeiros, veículos, imóveis, embarcações e aeronaves registrados em seu nome.

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O magistrado também determinou que as principais redes sociais excluam os perfis oficiais da parlamentar no prazo máximo de duas horas, com multa diária estimada, em caso de descumprimento, de R$ 50 mil.

A inclusão do nome da deputada na lista vermelha marca uma mudança da postura da Interpol, que havia negado nos últimos anos pedidos semelhantes envolvendo outros representantes do bolsonarismo, como os blogueiros Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio.

Na ocasião, os pedidos de inclusão foram recusados com base em procedimentos internos da organização, que avalia se os mandados de prisão cumprem as regras internacionais, e também devido a pedidos de refúgio ou asilo político.

Allan dos Santos, que está exilado nos Estados Unidos, por exemplo, teve prisão decretada em 2021 por crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e incitação ao crime. A Interpol negou por falta de informações completas sobre o crime de lavagem.

No caso de Oswaldo Eustáquio, ele foi acusado de participação e incitação aos atos de vandalismo em Brasília, em 12 de dezembro de 2022, quando radicais bolsonaristas incendiaram ônibus e tentaram invadir a sede da Polícia Federal. 

 

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