Nova pesquisa do instituto AtlasIntel, feita em parceria com a Bloomberg e divulgada nesta terça-feira (15), mostra uma ligeira reversão da curva de impopularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e uma melhora nos índices de avaliação positiva do petista, a reboque da polêmica envolvendo o tarifaço de 50% impostos sobre produtos brasileiros pelo presidente do Estados Unidos, Donald Trump.

De acordo com o levantamento realizado entre sexta-feira (11) e domingo (13), a aprovação de Lula subiu para 49,7%, 2,4 pontos percentuais a mais do que o registrado pelo AtlasIntel em junho. Trata-se do melhor resultado obtido por ele em 2025. Em movimento contrário, a desaprovação do presidente recuou para 50,3%, a menor taxa desde outubro de 2024, quando a avaliação negativa de Lula atingiu 51,8%.

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A melhora na popularidade do presidente coincide justamente com a postura mais dura adotada pelo governo após o tarifaço de Trump. O que reforça a percepção de que Lula acertou na condução da queda de braço com a Casa Branca. Para 44,8% dos eleitores ouvidos pelo instituto, a reação do petista foi adequada. Outros 27,5% a classificaram como agressiva e 25,2% como fraca.

Outros dados vão no mesmo sentido. Indagados sobre a capacidade de representar o Brasil internacionalmente, 61,1% acham Lula mais eficiente que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já a confiança no potencial do governo de negociar uma saída para o impasse com os EUA foi de 47,9%. No total, 62,2% consideraram as tarifas americanas para importados brasileiros como injustificadas.

As opiniões sobre as motivações do ex-presidente dos EUA foram bastante divididas. Conforme o instituto, 40,9% enxergam as sanções comerciais como uma retaliação ao papel do Brasil no Brics, enquanto 36,9% atribuem a medida à influência da família Bolsonaro na política norte-americana.

Ainda de acordo com a pesquisa, 43,4% acham a gestão do petista ótima ou boa, contra 49,4% dos que a veem como ruim ou péssima. Outros 7,2% classificaram a administração de Lula como regular. Essa é a primeira vez desde abril que a avaliação negativa fica abaixo dos 50%., aponta a nova pesquisa feita junto a 2.841 entrevistados de forma online, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.