Acusada de exercer medicina ilegalmente é detida em Salvador
Mulher está sendo investigada pela 13ª Delegacia Policial
"Graças à celeridade que conseguimos emplacar diante da denúncia, colaboramos com a polícia e com a sociedade em impedir que uma falsa médica pudesse pôr em risco toda a população, além de difamar o exercício da Medicina ao realizar, irresponsável e criminosamente, o transporte de uma paciente sem ter registro e habilitação de médica", explica o presidente do Cremeb, Dr. Otávio Marambaia. O conselheiro reforça ainda que o Cremeb tem movido diversos esforços para coibir a atuação desses falsários, como a criação da Comissão de Defesas das Prerrogativas do Médico – grupo de trabalho que identifica mais de 40 denúncias do exercício ilegal da Medicina em 2022 -, a disponibilização da foto do médico no Portal Cremeb como forma de dificultar a ação de impostores e a proposta de cooperação técnica com a Polícia Civil para atuação em casos do gênero.
A suspeita do crime teve início ainda em Santo Antônio de Jesus, quando médicos da unidade de saúde onde a paciente se encontrava internada notaram algumas incoerências na conduta da falsa médica e acionaram o Cremeb. Informados sobre o hospital de destino da ambulância, uma equipe de fiscalização do Conselho solicitou a identificação profissional da investigada, que informou não possuir identidade profissional nem pessoal. Após flagrar o exercício da profissão sem que pudesse realizar a devida averiguação do seu registro no Cremeb, como previsto por lei federal, a autarquia acionou uma guarnição da Polícia Militar, que conduziu a suspeita para a delegacia civil mais próxima, no bairro de Cajazeiras, onde a mesma foi presa em flagrante. Após a prisão, ela foi ouvida e liberada mediante o pagamento de fiança.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Roberto Dias, a investigada informou ter cursado Medicina na Bolívia, mas não apresentou devida diplomação nem documentos que comprovassem que ela buscou o Revalida para regularizar a possibilidade de registro em algum conselho regional de Medicina no Brasil. A empresa responsável pela contratação da falsa médica buscou o Cremeb assim que soube da ocorrência, informando ter sido surpreendida com a notícia, registrando que não tinha ciência de uma profissional sem habilitação no seu quadro de funcionários e se colocando à disposição para mais esclarecimentos. O caso seguirá para Corregedoria do Conselho, que irá apurar os trâmites de contratação da investigada pela polícia. Em tempo, o Cremeb agradece aos médicos que colaboraram com a denúncia.
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