Facções expulsam provedores e dominam serviço de internet pelo Brasil
Criminosos têm ameaçado, extorquido e até incendiado veículos e lojas de empresas legais que atuam no setor.
Facções criminosas estão expulsando provedores legais de internet em comunidades do Rio de Janeiro, Pará e Ceará para assumir o serviço clandestinamente — um dos negócios mais lucrativos do crime organizado atualmente.
Empresas têm sido alvo de ameaças, extorsões e ataques. Só no Rio, a Polícia Civil abriu mais de 120 investigações desde 2023. Técnicos são impedidos de trabalhar e, em alguns casos, ameaçados de morte. "Internet é a nova boca de fumo", resume o delegado Pedro Brasil.
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Mensagens obtidas pela reportagem mostram criminosos impondo regras aos moradores. No Pará, um carro de provedor foi incendiado. No Ceará, 13 ataques deixaram 16 mil pessoas sem internet e forçaram o fechamento de 15 empresas.
Além dos prejuízos, o controle das redes clandestinas representa risco à segurança digital. Criminosos podem espionar comunicações e aplicar golpes.
A Anatel afirma que está apoiando as forças de segurança na identificação dos delitos. Autoridades estaduais intensificaram a fiscalização e, no Ceará, 48 suspeitos já foram presos.
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