'Colômbia' foi mandante dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, diz PF

BrasilInquérito concluído

'Colômbia' foi mandante dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, diz PF

A informação foi confirmada pelo superintendente da Polícia Federal 

Crédito: Rede Amazônica.

Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como "Colômbia", foi o mandante dos assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorridos em junho de 2022 no Vale do Javari, no Amazonas. A informação foi confirmada pelo superintendente da Polícia Federal no estado, Alexandre Fontes, nesta segunda-feira (23).

Colômbia está preso desde dezembro do ano passado. Ele havia sido solto após pagar uma fiança de R$ 15 mil, em outubro. A prisão dele foi novamente decretada pela Justiça Federal após ele descumprir condições impostas por ocasião da concessão de sua liberdade provisória. Colômbia ainda é investigado por pesca ilegal e tráfico de drogas.

Segundo as investigações, "Colômbia" tinha relação direta com Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", que está preso e confessou participação nas mortes de Bruno e Dom. O irmão de Amarildo, Oseney, e Jefferson da Silva Lima, o "Pelado da Dinha", também estão presos por suspeita do crime.

No processo, o Ministério Público Federal denunciou Amarildo, Oseney e Jefferson pelo assassinato das vítimas. De acordo com o superintendente, Colômbia deve ser indiciado pelo assassinato nos próximos dias.

"Não tenho dúvida que o mandante foi Colômbia. Temos provas de que ele fornecia as munições para Jefferson e Amarildo, as mesmas encontradas no caso. Ele pagou o advogado de defesa de Amarildo", disse o delegado.

Quatro pessoas estão presas por participação direta nos assassinatos:

- Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo "Pelado";

- Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Dantos";

- Jefferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha";

- Rubens Dario da Silva Villar, conhecido como "Colômbia".

Fontes também disse que, além de Colômbia, a Polícia Federal conseguiu identificar a participação de mais um irmão de Amarildo da Costa Oliveira no crime. Segundo ele, Edvaldo da Costa Oliveira, forneceu a arma utilizada para matar Bruno e Dom.

"Temos mais uma pessoa identificada, que é o irmão do Amarildo, o Edvaldo da Costa Oliveira. Nas investigações iniciais, ele teria participado da ocultação de cadáver, mas ficou evidente de que ele participou materialmente. Ele entregou a espingarda calibre 16 nas mãos do Jeferson, ciente de que ele a utilizaria no assassinato de Bruno e Dom", disse o superintendente.

A espingarda usada no crime, segundo o superintendente, ainda não foi encontrada. A Polícia Federal chegou a usar detectores de metal no rio próximo de onde aconteceu os assassinatos e também na área onde os corpos foram enterrados, mas sem sucesso. Edvaldo também vai responder como participante nas mortes.

"A motivação é a pesca ilegal na região do Vale do Javari. E o autor intelectual, não tenho dúvidas, é o 'Colombia'. Era ele também que fornecia embarcações para a pesca ilegal na região", explicou o delegado.

De acordo com o superintendente, Colômbia teria ligado para Amarildo na segunda-feira após o crime. As autoridades não tiveram acesso ao conteúdo da chamada, mas sabem que os dois conversaram por quase dois minutos.

Audiências remarcadas

Na sexta-feira (20), a Justiça Federal no Amazonas remarcou as primeiras audiências do processo que investiga os assassinados do indigenista brasileiro e do jornalista britânico.

As audiências estavam marcadas para ocorrer nos dias 23, 24 e 25 de janeiro, mas foram canceladas por problemas técnico e devem ocorrer nos dias 20, 21 e 22 de março.

No processo, o Ministério Público Federal denunciou Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Dantos", e Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha pelo assassinato das vítimas. De acordo com o superintendente, Colômbia deve ser indiciado pelo assassinato nos próximos dias.

Serão ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa e os réus, segundo o juiz da Vara de Tabatinga, Fabiano Verli.

Relembre o crime

Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia. Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. De lá, seguiam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

A Polícia achou os restos mortais dos dois após Amarildo da Costa Oliveira confessar envolvimento nos assassinatos e indicar onde estavam os corpos.

Com informações do G1.
 

Comentários: 1

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Visitante - Nunes em Terça, 24 Janeiro 2023 11:28

Mas não era o BOLSONARO o culpado que a mídia canalha e podre com sua enxurrada de FAKE NEWS desinformando a população ,com sua narrativa imunda plantou a mídia financiada com o dinheiro sujo será calada esperem e vão ver como é bom CANCELAR E AMORDAÇÃR iram sentir na pele por apoiar a ditadura velada no Brasi!!

Mas não era o BOLSONARO o culpado que a mídia canalha e podre com sua enxurrada de FAKE NEWS desinformando a população ,com sua narrativa imunda plantou a mídia financiada com o dinheiro sujo será calada esperem e vão ver como é bom CANCELAR E AMORDAÇÃR iram sentir na pele por apoiar a ditadura velada no Brasi!!
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