Ancelotti é anunciado em meio a crise na CBF
Ednaldo corre para fechar técnico antes de audiência na Justiça
Em meio a um turbilhão jurídico e ético que ameaça sua permanência no comando da CBF, Ednaldo Rodrigues não perdeu tempo. Na manhã desta segunda-feira, 12 de maio, anunciou Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira, num movimento claramente calculado para desviar os holofotes da convocação que recebeu para audiência no Tribunal de Justiça do Rio. A pressa não passou despercebida por quem acompanha os bastidores do futebol nacional.
O cartola baiano, que chegou ao topo da entidade em meio a acordos contestados, agora vê seu nome envolvido em investigações que podem tirá-lo da cadeira. A autenticidade da assinatura do Coronel Nunes num termo de ajuste com o Ministério Público é alvo de questionamento, e a audiência que foi adiada nesta segunda promete ganhar novos capítulos nas próximas semanas. Além disso, ele encara duas denúncias acolhidas pela Comissão de Ética da própria CBF.
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Dentro e fora da entidade, o clima é de instabilidade. Funcionários denunciaram assédio e perseguição, e até o salário prometido a Ancelotti – R$ 5 milhões por mês – virou polêmica. Para um país em crise, a cifra é astronômica. E o anúncio do técnico italiano veio antes mesmo de qualquer confirmação oficial do Real Madrid, o que reforça a ideia de que o cartola jogou todas as fichas para tentar salvar a própria pele.
Com julgamento marcado no STF para o dia 28 de maio e pressão política crescente, o futuro de Ednaldo está nas mãos da Justiça. Resta saber se o prestígio de Ancelotti será suficiente para acalmar as águas ou se o nome do novo comandante da Seleção acabará afundado na maré de incertezas que assola a CBF. O campo ainda não falou, mas os bastidores gritam.
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