Atletas trans no esporte: fisiologia e a busca por um equilíbrio
Ciência e inclusão: debate sobre participação de atletas trans em competições femininas
A inclusão de atletas trans no esporte feminino é um tema complexo que gera debates acalorados. A fisiologia do exercício oferece algumas lentes para analisar a questão, buscando um equilíbrio entre inclusão e justiça competitiva.
Diferenças fisiológicas e o impacto na performance
Estudos demonstram que, mesmo após a terapia hormonal, atletas trans que nasceram do sexo masculino podem ter vantagens físicas em relação às mulheres cisgênero. Isso inclui maior massa muscular, óssea e cardíaca, além de melhor capacidade respiratória e memória muscular.
Dados pré-puberdade e a questão da idade
Um estudo recente da European Journal of Sports Science analisou resultados de competições de atletismo entre crianças de até 8 e de 9 a 10 anos. As diferenças de performance entre meninos e meninas já eram evidentes, com os meninos sendo, em média, 2,9% a 6,7% mais rápidos nas diferentes distâncias.
Equilíbrio entre inclusão e justiça: buscando soluções
A ciência deve ser considerada no debate sobre atletas trans, mas não pode ser a única voz. É preciso ponderar a necessidade de inclusão com a busca por um ambiente competitivo justo para todas as atletas.
Diálogo e busca por soluções
O futuro do esporte feminino exige diálogo e soluções criativas. Possibilidades como categorias específicas para atletas trans ou adaptações nas regras de cada modalidade podem ser exploradas.
Autores
Turibio Barros, mestre e doutor em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP-EPM
Gerseli Angeli, mestre e doutora em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP-EPM
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.