Bahia lidera maratona de jogos no futebol brasileiro
Temporada intensa testa limites físicos e estratégicos
O Esporte Clube Bahia encerrou 2025 como o time da elite nacional com mais partidas disputadas no ano. Foram 80 jogos oficiais, número confirmado após a eliminação do Fluminense na semifinal da Copa do Brasil. A agenda tricolor superou rivais do eixo Rio São Paulo e consolidou o clube no topo de um ranking que reflete a sobrecarga do calendário brasileiro.
A sequência revela um planejamento orientado pela necessidade. Para sustentar a maratona, o Bahia adotou rodízio de elenco e recorreu ao time sub 20 em partidas específicas, inclusive sem a presença do técnico Rogério Ceni. A estratégia preservou atletas em momentos críticos, mas expôs limites técnicos em competições paralelas, sobretudo nos torneios regionais e continentais.
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O saldo esportivo foi relevante. O clube conquistou o Campeonato Baiano e a Copa do Nordeste, terminou o Brasileirão em sétimo lugar e garantiu vaga na fase preliminar da Libertadores. Ao mesmo tempo, a eliminação precoce em torneios internacionais reacende o debate sobre profundidade de elenco e capacidade de competir em múltiplas frentes.
A liderança no ranking de jogos é sintoma de um futebol que cobra demais e organiza de menos. O Bahia sobreviveu pela estrutura e pela gestão do esforço, não pela benevolência do sistema. Em 2026, com mudanças no calendário, o desafio será transformar quantidade em qualidade, sob risco de a resistência virar apenas estatística.
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