A seleção brasileira feminina de vôlei confirmou sua força ao despachar a Alemanha por 3 sets a 0 (25/19, 26/24 e 25/14), nesta quinta-feira (24), pelas quartas de final da Liga das Nações, em Lodz, na Polônia. Com a vitória, o Brasil avança para a semifinal da VNL e reencontra o Japão — adversário que o eliminou em 2024 — no próximo sábado, às 15h. Foi a 12ª vitória em 14 partidas para o time comandado por José Roberto Guimarães, que segue na busca pelo primeiro título da competição.

Taticamente, o Brasil apresentou um jogo sólido, especialmente no saque e na defesa. Destaque para Rosamaria, maior pontuadora do duelo com 13 pontos, e para a atuação da líbero Marcelle, cada vez mais segura no fundo de quadra. Ainda assim, o segundo set mostrou um vacilo de concentração que não pode se repetir diante de um Japão muito mais técnico e veloz. A rotação com Diana, Gabi e Roberta funcionou bem, mas houve desperdício em bolas de segurança que, numa semifinal, custam caro.

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É aí que mora o pulo do gato. O Brasil segue forte, mas não pode se encantar com placares dilatados. A semifinal exige atenção redobrada, leitura de jogo fina e eficiência em contra-ataques. Zé Roberto sabe disso como poucos — são décadas à beira da quadra — e terá dois dias para corrigir o que ainda range. O Japão, que cresceu como quem vem de terreiro de fundo, vai exigir o máximo da concentração verde-amarela. E, em jogo grande, o emocional vale tanto quanto a técnica.

De minha parte, vejo um time mais maduro do que o de 2024. Com mais profundidade de elenco e menos dependência emocional de figuras centrais, o Brasil parece ter encontrado um equilíbrio raro. Mas semifinal é fogo de alto grau. O momento exige cabeça fria e mão quente. Que nossas meninas entrem em quadra como se estivessem defendendo a própria casa — como quem joga na Fonte Nova lotada — porque o Japão não vai dar colher de chá. E título, meu amigo, nunca veio fácil pra esse país.