O Brasil reencontrou o pódio da Liga das Nações Masculina de Vôlei neste domingo (3), ao vencer a Eslovênia por 3 sets a 1 (25/18, 25/18, 20/25 e 25/23), em Lodz, na Polônia. Com um desempenho sólido e emocionalmente estável, a equipe de Bernardinho encerrou a competição com sua melhor atuação em jogos decisivos desde o retorno do treinador, neutralizando o ímpeto de um dos times mais regulares do circuito europeu e demonstrando evolução às vésperas dos Jogos Olímpicos de Paris.

Destaque para a distribuição de Lucarelli, o aproveitamento no saque flutuante e a consistência defensiva liderada por Thales, que anulou boa parte da virada de bola eslovena. Diferentemente da semifinal contra a França — em que a equipe brasileira oscilou no side out e perdeu o controle emocional —, o jogo deste domingo foi dominado pela aplicação tática, com linha de passe equilibrada e variação de bolas rápidas no meio. A atuação de Lukas Bergmann, cravando cinco aces, evidenciou uma maturidade rara para um jogador que estreou na seleção principal há menos de um ano.

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Com a vitória, o Brasil fecha a VNL 2025 com 11 vitórias e 3 derrotas, subindo ao pódio pela primeira vez desde 2021. A medalha de bronze não só alivia a pressão por resultados — que cresceu após a queda precoce na última edição — como também fortalece o discurso de renovação gradual adotado por Bernardinho, que tem promovido uma transição sem ruptura entre veteranos e jovens. A ausência de Alan, lesionado, foi compensada por um sistema ofensivo mais coletivo, com Darlan assumindo o protagonismo sem forçar ações individuais.

Ainda que o ouro tenha escapado, o saldo é positivo. O time demonstrou, sobretudo, que aprendeu com os próprios tropeços e reencontrou uma identidade competitiva que parecia diluída nos últimos ciclos. Falta lapidar a leitura de bloqueio e ajustar a precisão na virada de bola sob pressão, mas há consistência suficiente para projetar uma campanha olímpica respeitável. Como diz o povo do sertão: quem sabe fazer, não precisa gritar — e o Brasil soube vencer com silêncio técnico e autoridade.