No domingo, 13 de abril, a artilharia do Brasileirão viu dois estrangeiros no topo da tabela: Arrascaeta, do Flamengo, e Vegetti, do Vasco. Coincidência ou não, o dia marcou também o aniversário de Roberto Dinamite — o maior artilheiro da história do campeonato, com seus inacreditáveis 190 gols em 328 jogos. Uma média de 0,58 por partida. Um feito que atravessa gerações sem perder o brilho.

Dinamite construiu sua lenda em um tempo em que o futebol brasileiro era outro. Os regulamentos mudavam como o tempo, e em 1974, ano do título vascaíno, ele terminou como artilheiro com 16 gols — em apenas 28 jogos. Hoje, com 38 rodadas garantidas no calendário, era de se imaginar que alguém o superaria. Mas, até agora, ninguém chegou perto.

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Gabigol — ou Lil Gabi, como gosta de ser chamado — tem 114 gols e figura como o grande nome da era atual. Aos 28 anos e com um histórico europeu que mais atrapalhou do que ajudou, ele ainda pode sonhar. Mas precisa de regularidade, gols, e menos polêmicas. A missão de ultrapassar Fred (158 gols) parece viável, mas alcançar Dinamite ainda parece coisa de outro planeta.

Vale lembrar: Dinamite também teve sua passagem internacional, curta e pouco marcante, pelo Barcelona. Em três meses, estava de volta ao Vasco, onde reatou o casamento com os gols. A diferença é que, ao contrário de muitos ídolos modernos, Roberto nunca parou de marcar, fosse no Maracanã ou em São Januário. E por isso, sua marca, no coração da torcida e na tabela, continua intacta.