Europeus dominam e isolam Sul-Americanos na Copa
PSG lidera ranking com folga e reforça abismo técnico e tático
A Copa do Mundo de Clubes 2025 já começa com um sinal claro: os europeus não apenas chegaram antes, como chegaram maiores. Segundo ranking da organização, o Paris Saint-Germain — campeão da Champions com um impiedoso 5 a 0 — é o franco favorito ao título. Real Madrid, City, Inter e Chelsea completam o top 5, enquanto os sul-americanos sequer arranham o pelotão de elite. O cenário é de supremacia continental: os gigantes da América do Sul, como Flamengo e Fluminense, entram como meros coadjuvantes de luxo, num palco onde o protagonismo há muito mudou de hemisfério.
Tecnicamente, a distância é mais do que visível — é gritante. Os elencos europeus reúnem, além do talento individual, uma capacidade coletiva de execução em alta rotação, que salta aos olhos. O PSG, por exemplo, chega com a defesa menos vazada da Champions, o ataque mais eficiente e um meio-campo que combina imposição física e criatividade, liderado por Vitinha e Mbappé. Já o City, mesmo em fase de transição, conserva seu modelo de posse e verticalidade. Em contraste, os brasileiros ainda insistem em sistemas desequilibrados, com zagueiros de posicionamento duvidoso e meio-campos que não sustentam a intensidade internacional.
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A situação lembra muito os anos 1990, mas com um agravante: lá, a Europa comprava nossos craques; hoje, ela forma os próprios e ainda rouba os melhores daqui. Em termos de comparação, o Bahia campeão do Nordestão deste ano teve mais variações táticas do que muitos clubes da Série A. E no entanto, os clubes do Sul e Sudeste seguem se iludindo com craques do passado e apostas de ocasião. É como diz o cabra mais velho lá do bairro da Matinha: "quem fica rodando no mesmo lugar só vê o mato crescer". E o mato europeu já virou floresta.
Se a América do Sul ainda sonha em reconquistar protagonismo, precisará fazer mais do que se apoiar na mística da camisa. É urgente revisar métodos, investir em ciência esportiva e formar atletas com pensamento tático global. Os europeus não vão esperar. Em 2025, o Mundial de Clubes escancara o que já se cochicha há anos no rádio esportivo baiano: estamos ficando para trás. E o vexame, se vier, não será surpresa — será sintoma.
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