O Goiás chega à 22ª rodada da Série B com 65% de aproveitamento e um padrão de jogo consolidado, liderando uma competição em que, do 1º ao 5º colocado, a diferença é de apenas três pontos. Coritiba, Novorizontino, Chapecoense e Remo completam o bloco de elite, todos mantendo a regularidade que costuma ser determinante no sprint final. Com o segundo turno ainda no início, o campeonato se apresenta como um dos mais nivelados da década, tanto na briga pelo acesso quanto na luta para evitar a queda — onde América-MG, Botafogo-SP, Paysandu e Amazonas vivem um cenário mais delicado.

Tecnicamente, o Goiás alia consistência defensiva — apenas 18 gols sofridos — a uma eficiência ofensiva sustentada por Anselmo Ramon e Jajá. O Coritiba, segundo colocado, investe mais no controle do meio, com Josué e Gustavo Coutinho ampliando repertório ofensivo. Já o Novorizontino, apesar de menos incisivo, aposta no equilíbrio entre os setores para se manter no G4. No recorte recente, Chapecoense e Remo ganham terreno graças a ajustes táticos, como a variação de intensidade e melhor aproveitamento nas bolas paradas. Em contrapartida, equipes como Cuiabá e Atlético-GO mostram irregularidade que pode custar caro nas próximas rodadas.

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A disputa pelo acesso tende a ser decidida nos confrontos diretos, especialmente entre os cinco primeiros, mas a proximidade de clubes como Criciúma e Avaí, ambos com 50% de aproveitamento, mantém aberta a possibilidade de surpresas. No extremo oposto, o Amazonas já vê a margem de recuperação diminuir perigosamente, enquanto Paysandu e Botafogo-SP precisam reverter ataques ineficazes. Com o campeonato entrando em uma fase em que o peso emocional se equipara ao físico, a preparação de elenco e a leitura de cada jogo serão determinantes.

Mesmo reconhecendo a competitividade que torna a Série B um torneio imprevisível, é inevitável notar que a liderança do Goiás se sustenta mais pela constância do que por atuações exuberantes. Em um campeonato tão ajustado, a regularidade é ouro — e, como se diz, "quem não aguenta o rojão" não chega em novembro brigando por nada. A ver se os concorrentes, cientes do limite estreito para erros, terão fôlego e estratégia para impedir que a ponta se transforme em passagem garantida à Série A. 

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