Juazeiro, a joia do norte baiano, celebrou seu aniversário em 2025 com um verdadeiro festival esportivo. Entre os dias 11 e 13 de julho, a cidade sediou a segunda etapa do Baianão de Futevôlei, e no dia 12, as águas do Velho Chico receberam o Campeonato Brasileiro de Águas Abertas. Ambos os eventos não só movimentaram a economia local, como também destacaram o potencial esportivo do interior do estado. Foi uma semana que provou, para quem ainda duvidava, que o esporte de alto rendimento floresce para além da capital.

Do ponto de vista técnico e estratégico, a realização de competições de porte como o Baianão de Futevôlei e o Campeonato Brasileiro de Águas Abertas em Juazeiro é um acerto e tanto. O futevôlei, modalidade que ganha cada vez mais adeptos, atraiu duplas de alto nível, com destaque para os campeões Murilo e Gustavo, que somam 44 títulos baianos. Nas águas abertas, cerca de 400 nadadores de todo o país coloriram o São Francisco, com pódios que contaram com atletas baianos apoiados por programas como o Bolsa Esporte e o FazAtleta. A ironia é que muitas vezes se olha para o interior com certo desdém, mas é lá, em cidades como Juazeiro, que o talento brota e a paixão pelo esporte "dá caldo".

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Minha projeção, com a experiência de quem já acompanhou diversas modalidades na Bahia, é que o investimento em eventos no interior do estado precisa ser ampliado. Não é só em Salvador que a bola rola ou a água respinga. O sucesso em Juazeiro, com grande presença de público e atletas de diversas regiões, reforça a tese de que o esporte é uma ferramenta poderosa de integração social e de desenvolvimento regional. A estrutura montada na Arena Aruba e a utilização da orla do São Francisco mostram que, com planejamento e apoio, é possível levar competições de alto nível para fora dos grandes centros, revelando novos talentos e fomentando a prática esportiva.

O aniversário de Juazeiro em 2025 foi mais do que uma festa cívica; foi uma celebração do esporte e do potencial da Bahia. A cidade mostrou que tem capacidade para sediar grandes eventos e que o talento baiano, no futevôlei ou nas águas abertas, tem condições de brilhar no cenário nacional. Que essa iniciativa sirva de inspiração para que outras cidades do interior também abracem o esporte, e que o apoio governamental continue sendo a "mão que balança a rede" para que nossos atletas alcancem voos cada vez mais altos.