O roteiro parecia de série ruim, mas é vida real: Neymar, sim, o próprio, voltou ao Santos, jogou no Paulistinha, encarou o Brasileirão… e colecionou fiasco. No domingo, dia 1º de junho, contra o Botafogo, na Vila Belmiro, lá estava ele. E lá se foi também, expulso de forma ridícula após meter a mão na bola como se fosse pivô de basquete. O placar? Derrota, claro.

O curioso é que a torcida, num misto de amor cego e desespero, parecia mais preocupada em protestar contra o presidente do que em vaiar o camisa 10. Teve de tudo: "Vergonha, time sem vergonha" ecoando nas arquibancadas e aquele clássico recado carinhoso ao mandatário: "Ei, Teixeira, vai tomar no c*!". Neymar? Saiu de campo poupado, como se fosse santo milagreiro que não erra nunca.

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O fato é que, com a expulsão, Neymar tá fora do próximo jogo contra o Fortaleza. E se o contrato não for renovado — e até agora não foi —, pode ter sido a última cena dessa novela mexicana em preto e branco. A Vila, que um dia foi palco de glórias, hoje parece cenário de série pós-apocalíptica. Aliás, caberia fácil um episódio extra naquele podcast sobre os bastidores nefastos da vida do Neymar e companhia.

E quem deve estar acendendo uma vela é Carlo Ancelotti. O novo técnico da seleção brasileira escapou, por pouco, de ter que responder sobre o comportamento de Neymar em plena era do VAR. Sorte dele. Vai estrear contra Equador, Paraguai, Chile e Bolívia, precisando só de duas vitórias pra carimbar o passaporte pra Copa. E digo mais: Dorival, que assistiu ao jogo lado a lado com Carletto, deve estar mordendo o cotovelo de inveja dessa tabela mamão com açúcar. 

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