Renato Gaúcho surpreende e transforma o Fluminense na Copa

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Renato Gaúcho surpreende e transforma o Fluminense na Copa

Técnico muda posturas, escalações e ganha respeito internacional em 2025 

📷 Reprodução: X (Twitter) - Estagiario1902

Renato Gaúcho tem mostrado um lado pouco visto nesta Copa do Mundo de Clubes. O técnico do Fluminense, conhecido pelo estilo boleiro e descontraído, assumiu uma postura mais sóbria e estratégica nos Estados Unidos, onde o Tricolor já alcançou as quartas de final após vitória sólida sobre a Inter de Milão. Renato não repetiu escalação em nenhuma das quatro partidas, mudando formações com inteligência, e fez questão de responder em campo a um perfil italiano que o rotulou como "ex-playboy". Com a vaga garantida, o Fluminense já embolsou mais de R$ 220 milhões em premiações.

Dentro das quatro linhas, Renato tem se reinventado. Montou o time com trinca de volantes contra o Borussia Dortmund, flexibilizou com Ganso na armação diante do Ulsan, apostou na força ofensiva de Cano frente ao Mamelodi Sundowns e surpreendeu ao fechar a casa com três zagueiros na vitória sobre a Inter de Milão. O treinador tem mostrado leitura fina do jogo, adaptando o time ao adversário, sem se apegar a um sistema fixo. É um Renato mais tático e menos personagem — pelo menos no campo. A mudança começa a calar os críticos que o enxergavam como um técnico de repertório curto.

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Por essas bandas, onde se joga bola no campinho e se debate futebol no ponto de ônibus, a virada de Renato repercute com entusiasmo. O Fluminense, que já caiu nas graças da torcida baiana com as atuações de Arias e Cano, ganha fôlego para sonhar mais alto. A Bahia, terra de quem gosta de um drible e aprecia um jogo bem pensado, vê na evolução do técnico uma quebra de paradigma. Desde os tempos do Vitória de Osni Lopes ou do Bahia de Zanata, poucas vezes se viu um comandante brasileiro dar tamanha guinada de estilo no calor de um torneio mundial.

A tendência é que Renato siga puxando a rédea curta nas próximas partidas, principalmente diante do Al-Hilal, adversário duro e bem montado. Se mantiver o nível de leitura e coragem para mexer, pode ir além. Mas é bom que o treinador não caia na armadilha de abandonar totalmente o espírito leve que o trouxe até aqui. O futebol também precisa de alma. Se encontrar o equilíbrio entre a malícia da praia e a disciplina da prancheta, Renato pode, enfim, consolidar o respeito internacional que tanto lhe escapou. O jogo, como dizemos por aqui, é jogado — e ele está jogando bem.

 

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Quinta, 03 Julho 2025

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