Santos trava negociação e Neymar ainda indefinido no clube
Dívidas e estratégias pesam na permanência do craque até Copa
Neymar segue com contrato vigente até 30 de junho de 2025 no Santos, mas a definição sobre sua permanência ainda é uma novela em aberto. Nas últimas semanas, o presidente Marcelo Teixeira manteve conversas frequentes com os representantes do atleta, porém as partes não chegaram a um consenso financeiro. Segundo o dirigente, o clube ainda não conseguiu fechar as contas, sobretudo por dívidas relativas a direitos de imagem, que somam R$ 85 milhões e deverão ser quitadas até o fim da gestão, em dezembro de 2026. Até lá, a relação entre jogador e Peixe segue pautada por um equilíbrio delicado, com o contrato vigente em dia, mas o futuro incerto.
Tecnicamente, o Santos aposta em um cálculo minucioso que vai além da bola em campo. O retorno de Neymar trouxe visibilidade e aumentou receitas indiretas, como a maior audiência na TV aberta e o crescimento do programa de sócios, que é fundamental para a saúde financeira da instituição. A estratégia adotada busca equilibrar o investimento alto feito para garantir a volta do camisa 10 com o impacto positivo que ele gera, não apenas dentro do gramado, mas na movimentação do clube no mercado e na fidelização da torcida, que vê em Neymar um símbolo de esperança e projeção nacional.
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No cenário regional, essa trama ressoa com uma prática antiga e conhecida no futebol baiano, onde gestões batalham para segurar seus astros sem comprometer o equilíbrio financeiro. O Santos, assim como clubes do Nordeste, enfrenta a "dança das cadeiras" entre ídolos que precisam ser valorizados, mas que exigem cautela nos investimentos. Desde os tempos de Pelé na Vila até os dias atuais, a lição permanece: a arte de segurar craques passa pela boa gestão e, claro, pelo afeto da torcida, que no litoral paulista tem um carinho quase familiar pelo seu principal atleta.
Em 2025, ano de Copa do Mundo e grandes desafios, o Santos precisa de clareza e planejamento para não naufragar no mar bravio das finanças. Manter Neymar até o Mundial pode ser um trunfo, mas a direção deve ter a coragem de não embarcar em "conversas de pescador" que apenas adiem decisões cruciais. O clube deve aprender com as lições locais e nacionais, adotando um modelo que una paixão e racionalidade para garantir não só a permanência do craque, mas a sustentabilidade no futuro. Afinal, no futebol, como na vida, promessa sem lastro só serve para criar expectativa e deixar a freguesia na mão.
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