Com dois gols construídos nos começos de cada tempo, o Sergipe derrotou o Santa Cruz por 2 a 1 neste domingo (3), na Arena Batistão, em Aracaju, e saiu na frente na disputa por uma vaga nas oitavas de final da Série D. Matheus Sacramento e Rikelme marcaram para o Gipão, enquanto Geovany descontou ainda na etapa inicial. O resultado obriga o Santa Cruz a vencer por dois gols de diferença no Arruda, no próximo domingo, às 17h, para evitar a eliminação precoce em mais uma temporada conturbada.

A equipe sergipana soube explorar a desorganização inicial do adversário, com uma marcação adiantada e transições rápidas pelos lados. O gol inaugural, aos seis minutos, nasceu de um lançamento preciso de Mauro e concluiu-se com finalização consciente de Sacramento — facilitada por falha técnica do goleiro Rokenedy, que aceitou chute defensável. No segundo tempo, Rikelme aproveitou desatenção na bola parada para ampliar. Embora tenha perdido intensidade no decorrer da partida, o Sergipe sustentou a vantagem mesmo diante da pressão esporádica da Cobra Coral, que apostou no talento individual de Geovany, autor de belo gol de fora da área.

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A vitória em casa reposiciona o Sergipe como candidato mais sólido entre os remanescentes nordestinos da chave. Com a vantagem do empate fora de casa, o clube alvirrubro pode administrar o confronto no Arruda, tradicionalmente hostil, desde que evite os erros defensivos que quase custaram caro no Batistão. Já o Santa Cruz, pressionado por um calendário limitado e por dívidas internas que paralisaram treinamentos em abril, tem pouco espaço para erros: a permanência na Série D em 2026 seria um revés institucional incômodo.

É sintomático que, mesmo superior por boa parte do jogo, o Sergipe tenha sofrido nos momentos finais por não saber controlar o ritmo nem proteger a posse de bola. O placar positivo não camufla a necessidade de amadurecimento tático e emocional para um elenco ainda em formação. Do outro lado, o Santa Cruz parece mais uma vez confiar demais em lampejos individuais e no peso da camisa — o que, cá pra nós, em 2025 já não resolve nem jogo de botão.