A Uefa, nesta quarta-feira, 16 de julho de 2025, chacoalhou o futebol europeu com uma das punições mais severas de sua história: o FK Arsenal Tivat, de Montenegro, foi banido por uma década de todas as competições que a entidade organiza. O motivo? Manipulação de resultados na Conference League 2023/24, especificamente no confronto contra o Alashkert FC, da Armênia. A partida de volta, vencida pelos armênios por um sonoro 6 a 1 após um 1 a 1 na ida, levantou as suspeitas que culminaram nesta drástica decisão, expondo as entranhas sujas do esporte.

Do ponto de vista técnico e estratégico, a Uefa demonstra, com essa sanção, que não está pra brincadeira quando o assunto é integridade. Além do banimento de dez anos e de uma multa de 500 mil euros, a recomendação para que a Fifa estenda a punição globalmente é um recado claro: o combate à manipulação de resultados é uma prioridade irrenrenciável. A punição a jogadores e dirigentes, com banimentos vitalícios e suspensões longas, indica que a investigação foi a fundo, mirando os responsáveis diretos pela tentativa de corromper o esporte. A ironia é que a busca por um "dinheiro fácil" acaba por ceifar carreiras e manchar a imagem de um clube por uma década, um prejuízo que, como se diz na Bahia, "não tem dinheiro que pague".

📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

Minha projeção, após mais de duas décadas acompanhando o futebol, é que este caso do Arsenal Tivat servirá de alerta para clubes e indivíduos em todo o mundo. A tecnologia e a vigilância sobre os padrões de apostas estão cada vez mais sofisticadas, dificultando a vida de quem tenta fraudar o jogo. A Uefa, ao aplicar essa mão pesada, estabelece um precedente importante e reforça a ideia de que a integridade do esporte não pode ser negociada. É um passo fundamental para proteger a credibilidade do futebol, que é a alma do negócio e a paixão de milhões.

A decisão da Uefa contra o Arsenal Tivat é mais um capítulo na incessante batalha contra a manipulação de resultados em 2025. É uma mensagem que ecoa forte: o futebol, em sua essência, precisa ser justo e imprevisível, e qualquer tentativa de desvirtuar isso será combatida com rigor. Que esta punição sirva de exemplo para que o jogo limpo prevaleça e que a emoção de cada partida seja construída apenas pelo talento e pelo esforço dos atletas, e não por acordos escusos nos bastidores. A bola tem que rolar, sempre, com transparência.