Em plena reta de abril, o Vitória chega à marca de 30 jogos disputados na temporada, sem sequer respirar. Nesta quarta-feira, o Leão encara o Cerro Largo pela Copa Sul-Americana com um elenco que já sente no corpo a intensidade de uma agenda cruel. O técnico Thiago Carpini, que vem conduzindo o time com firmeza, acendeu o sinal vermelho: "A conta vai chegar", disparou ele, com o peso de quem conhece os perigos dessa estrada.

E o alerta não é por acaso. O Rubro-Negro já acumula quatro jogadores no departamento médico — três deles entregues aos cuidados dos fisioterapeutas em menos de uma semana. Wellington Rato, Willian Oliveira, Carlinhos e Renato Kayzer formam a lista dos que, hoje, não têm condições de jogo. Numa temporada que começou no dia 11 de janeiro e só agora pode vislumbrar uma semana livre para treinos, o desgaste é inevitável.

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Carpini não esconde a frustração: "Não tem mais treino, só descanso e jogo. Viagem, descansa e joga. É isso." Em bom baianês, o que ele quer dizer é que o time precisa de fôlego. Fôlego para se manter inteiro, competitivo e com condições de entregar o que o torcedor espera. A pausa entre 28 de abril e 2 de maio será um raro suspiro num calendário sufocante.

Enquanto isso, o Barradão se prepara para mais uma batalha nesta quarta, às 21h30. O Vitória entra em campo contra os uruguaios com garra, mas também com a missão de proteger o que ainda tem de pé no elenco. O desafio vai além das quatro linhas — é físico, é logístico, é de sobrevivência. E em meio a tudo isso, o Leão tenta seguir rugindo forte.