A rescisão contratual de Léo Pereira, oficializada nesta quinta-feira no BID da CBF, adiciona mais um capítulo à instabilidade ofensiva do Vitória em 2025. O atacante, emprestado pelo CRB, teve desempenho discreto no Barradão: dez jogos, nenhum gol, 256 minutos em campo e nenhuma participação direta em tentos. Agora, ruma ao Sport, enquanto o Rubro-Negro baiano — 15º colocado na Série A — precisa reorganizar seu elenco em meio à janela de transferências e à luta contra o rebaixamento. A saída ocorre a apenas três dias do duelo contra o Palmeiras, adversário que exige mais do que o atual setor de ataque tem entregado.

A performance apagada de Léo Pereira não surpreende os que acompanharam de perto a falta de encaixe técnico do jogador no sistema de Fábio Carille. Embora veloz e com histórico de participações relevantes no CRB, o atacante teve dificuldades para dialogar com os meias e foi engolido por defesas mais compactas. O Vitória tem operado majoritariamente em transições rápidas e triangulações curtas, exigindo inteligência de movimentação e poder de definição — atributos que Léo raramente exibiu no curto período em campo. A ausência de profundidade no elenco expõe Carille, que já lidava com carência de opções confiáveis para as pontas.

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Com a confirmação da saída, a diretoria do Vitória ganha urgência na reposição, mas esbarra em limitações financeiras e na dificuldade de encontrar reforços disponíveis com impacto imediato. O mercado nacional tem inflacionado pontas e atacantes de lado — perfis raros, mas essenciais para a proposta do time. A projeção do segundo turno, nesse cenário, depende menos do ajuste defensivo e mais da capacidade do clube em qualificar a última faixa do campo. Sem isso, o risco de perder pontos em partidas decisivas, especialmente contra adversários diretos, aumenta consideravelmente.

O caso Léo Pereira ilustra não apenas um erro de avaliação, mas um padrão reincidente de contratações que pouco agregam. O Vitória precisa revisar seus critérios de montagem de elenco com mais rigor, especialmente quando se trata de atletas para funções determinantes. Em um campeonato onde cada detalhe pesa — e cada gol vale como ouro em pó —, decisões equivocadas, mesmo que pareçam menores, têm efeito dominó. Como se diz por aqui: "quem compra mal, paga dobrado". A hora é de agir com precisão cirúrgica, antes que o calendário cobre o que o planejamento negligenciou.