População que se autodeclara preta aumentou 32% no estado da Bahia

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População que se autodeclara preta aumentou 32% no estado da Bahia

Censo 2022 aponta que os soteropolitanos representam 34,1% dos que se declaram negros 

Crédito:febrasgo.org.br

A população que se autodeclara preta aumentou em 32% na Bahia entre 2010 e 2022, passando de 2,4 milhões para 3,2 milhões, de acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, a capital baiana é a terceira cidade do país com o maior número absoluto de pessoas negras. Os dados foram divulgados ontem (22) pelo IBGE, na Casa do Olodum, que também contou com a apresentação do grupo musical.

O número absoluto de autodeclarações pretas na Bahia entre 2010 e 2022 teve um acréscimo de 767.442 pessoas, considerado o segundo maior do país, atrás apenas do estado de São Paulo. Com isso, também houve uma diminuição de 10,9% nas autodeclarações de cor branca e uma queda de 2,3% nos autodeclarados pardos.

"Entre 2010 e 2022, tivemos uma mudança significativa no estado, que foi um crescimento expressivo da população que se declara preta. Os pardos representam seis em cada dez pessoas aqui, mas as pessoas que se declaram pretas superam as brancas nesses 12 anos e se tornam um segundo grupo mais representativo, com 22%", explica Mariana Viveiros, supervisora de Disseminação de Informação do IBGE.

Salvador negra

Na capital baiana, também houve um aumento nas autodeclarações de negros, sendo a única população que teve crescimento nas declarações entre 2010 e 2022 (11%). Os autodeclarados negros representam 34,1% dos soteropolitanos no Censo de 2022, ou seja, cerca de 1/3 dos habitantes. Os autodeclarados pardos representam quase metade da população, com 49,1%. Já as pessoas declaradas brancas somam 16,5%.

A apresentação dos dados contou a presença de Ângela Guimarães, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais.

"A gente sabe que o trabalho persistente ao longo das décadas do movimento negro, por positivar a identidade negra, a história de resistência da população, a nossa origem nas civilizações africanas, resulta nessa maior identificação", diz. 

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