ACM Neto diz que empresas públicas foram sucateadas pelo PT
Candidato disse que Embasa é uma das empresas mais ineficientes do Brasil
O ex-prefeito de Salvador citou como parâmetro a sua gestão à frente da capital baiana, quando priorizou o resultado do governo em relação aos anseios da política. Para isso, deu preferência à qualificação técnica na formação da equipe, tendo inclusive revelado novos quadros, oriundos do setor privado, para a gestão pública.
ACM Neto afirmou que as secretarias de Segurança Pública, Saúde e Educação terão à frente delas perfis qualificados. "Nessas três, nós temos que olhar exclusivamente o critério técnico, pessoas que possam responder aos desafios dessas áreas. Quero ouvir sugestões, quero receber nomes, inclusive nomes de fora da política, como eu fiz na prefeitura. E, mesmo nas outras secretarias, que possam eventualmente ter quadros políticos, terão que ser políticos qualificados. O que não vai acontecer nas agências e empresas públicas, que serão fundamentalmente ocupadas por quadros técnicos", disse.
O candidato citou também a Cerb e a Embasa como companhias que passaram por um loteamento político e que, por isso, vão passar por um realinhamento sob o seu governo. "A Embasa infelizmente é uma das empresas de saneamento mais ineficientes do Brasil, e não é de hoje. E quem é que paga o preço por essa politização da empresa? O contribuinte, que paga a conta de água e muitas vezes não tem o serviço. Nós vamos redesenhar a Embasa", disse.
"A Cerb sob nosso governo será fortalecida, especialmente porque a Bahia vive hoje um problema de segurança hídrica. Não há uma obra importante, sobretudo no semiárido, que tenha sido iniciada e concluída em 16 anos de governos do PT. Eu quero investir em novas barragens, na construção de adutoras, de canais, em projetos de irrigação e a Cerb terá um papel fundamental nisso", completou.
Descentralização
O candidato do União Brasil trouxe ainda outra proposta ligada à gestão estadual, que é a de criar os Governos Regionais (GRs). A ideia é ampliar a presença do estado nas regiões mais distantes de Salvador, como o Extremo Sul, o Oeste e o Norte da Bahia, onde há uma queixa geral do distanciamento da administração pública. Cada unidade será responsável por executar o plano estratégico que será desenvolvido para cada região.
"Os GRs vão definir, junto às forças locais, quais são as metas, as iniciativas e os marcos de entrega para cada região do estado. Depois, vão acompanhar a execução das ações. Vão verificar se a alocação do orçamento público está compatível com o plano estratégico que foi desenhado. E eles vão ter poder de decisão naquilo que for possível decidir na ponta. Por exemplo, licenciamento ambiental. Não precisa alguém sair da Chapada e vir a Salvador para conseguir um licenciamento que pode ser feito na ponta, perto da sua realidade" explicou ACM Neto.
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