Ciro Gomes afirma que lulopetismo alucinou e que sofre ameaça

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Ciro Gomes afirma que lulopetismo alucinou e que sofre ameaça

Sobre o manifesto, Ciro afirmou que foi lançado para 'dar uma arrumada na carga e acabar com a fofoca'

Crédito: Divulgação

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou na noite desta segunda-feira (26) ter lançado o manifesto à nação porque "o lulopetismo alucinou", disse estar sofrendo ameaças contra sua vida e defendeu que o fascismo "ganhando a eleição no Brasil".

As declarações foram dadas durante a participação do candidato no podcast Flow.

Logo no início do programa, Ciro foi perguntado pelo apresentador Igor Coelho por que decidiu apresentar o manifesto. O pedetista afirmou que a campanha é um filme e que todo dia tem uma reviravolta. "Então o que aconteceu nos últimos dias? O lulopetismo alucinou. Mas alucinou geral e perderam qualquer limite", disse.

"Eu estou vendo aí, as pessoas mandam para mim, pessoa dizendo que eu devia morrer, outra pessoa dizendo que eu devia ter um aneurisma cerebral, que uma pessoa devia me matar, que dava R$ 50 -mas essa foi para o advogado-, que dava R$ 50 reais para quem me matasse e tal. Por quê? Porque eu sou o fio desencapado desse negócio."

Em outro momento da entrevista, Ciro afirmou que "quem oferece dinheiro para me matar é o lulopetismo, não é o bolsonarismo boçal que eu quero confrontar e derrotar."

Sobre o manifesto, Ciro afirmou que foi lançado para "dar uma arrumada na carga e acabar com a fofoca." "Não tem conversa, eu sou brasileiro, não desisto nunca. E eu nunca fui candidato porque ia ser fácil."

Pela manhã, Ciro lançou um "manifesto à nação" no qual disse estar sendo vítima "de uma gigantesca e virulenta campanha, nacional e internacional", para retirada de sua candidatura. "Por mais jogo sujo que pratiquem, eles não me intimidarão", disse Ciro, destacando que continua como candidato "para livrar nosso país de um presente covarde e de futuro amedrontador".

O pedetista também criticou no documento a campanha pelo voto útil feita por petistas para tentar encerrar as eleições no primeiro turno. "Com esta pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem, no regime de dois turnos, primeiro no candidato que mais representa seus valores, e, se for o caso, de optarem depois por aquele que mais se aproxime de suas ideias."

A ofensiva pelo voto útil teve mais um capítulo nesta segunda (26), após o cantor Caetano Veloso, antigo apoiador de Ciro, lançar o movimento "tira voto" do pedetista. Em vídeo, Caetano afirma que o ex-governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola, símbolo histórico do PDT, afirmava que "artista não dá voto. Mas tira. Então...". Neste momento, surge uma imagem com o slogan "#tiragomes".

Na entrevista ao Flow, Ciro afirmou que continuaria sendo fã de Caetano, lamentou a decisão do cantor.

"O que eu queria dizer sobre o Caetano é que ele tem direito de fazer o que ele quiser e o que bem entender. É o maravilhoso Caetano Veloso e eu sou fã dele, já tive a honra de ter declarações extremamente generosas da parte dele. Acho que é um equívoco trágico que logo mais a história vai revelar", disse.

Ciro também rebateu Lula. Na tarde desta segunda, o petista disse que o pedetista tem mentido sobre ele desde o começo da campanha, voltou a dizer que Ciro "tem surtado" e disse que uma eventual conversa sobre segundo turno será feita com o PDT.

"Eu renuncio à minha candidatura agora, agora, se um petista mandar para você uma mentira que eu falei", disse Ciro. "E não só renuncio à minha candidatura, como quero que Deus puna com a pior morte que existir se eu tiver alguma mentira nas denúncias que eu faço. Sabe por quê? Porque eu não minto."

Durante a transmissão, Ciro disse que atos de violência têm ocorrido nas eleições tanto com bolsonaristas como petistas e alegou que crimes cometidos por apoiadores do presidente têm ganhado mais repercussão.

"Mataram um bolsonarista anteontem em Santa Catarina, mataram um lulista no Ceará agora. E taí, só vai para a manchete o lulista que mataram", disse. "Porque, de novo, temos o assassino do bem e o assassino do mal. Esse fascismo está ganhando a eleição no Brasil."

Na sequência, Ciro afirmou saber a diferença de Lula para Bolsonaro. "E se for para tomar uma cerveja, eu prefiro tomar com o Lula."

Em um momento posterior, no entanto, Ciro afirmou que Lula "é o elemento central do problema brasileiro". "Eu já ajudei esse cara muitas vezes. Nem respeito eu mereço."

Ciro tem subido o tom nos ataques contra Lula para evitar uma migração de votos para o petista. Pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (22) mostrou que Lula é citado como segunda opção de voto por 21% dos eleitores que ainda podem mudar de ideia na eleição para presidente.

Foi a primeira vez desde maio, quando teve início a série histórica de dados, que o pedetista não esteve à frente numericamente entre os citados como segunda opção. Ele também apareceu em condição de empate em pesquisas anteriores.

Em entrevista ao programa do podcaster e youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, Ciro afirmou que Lula "sempre foi fascistoide". Monark foi desligado do Flow após defender o direito de existência de um partido nazista. 

 

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