O setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, à exceção da Petrobras e da Eletrobras) registrou um déficit primário de R$ 17,255 bilhões em agosto, em um resultado melhor do que o projetado por analistas, que estimavam um "rombo" de R$ 19,10 bilhões no oitavo mês do ano. As informações são do portal InfoMoney.

O percentual positivo vem após um saldo negativo de R$ 66,566 bilhões em julho e os dados forma disponibilizados pelo Banco Central nesta terça-feira (30). Todas as estimativas do mercado para o déficit de agosto eram negativas, variando de R$ 30,0 bilhões a R$ 13,70 bilhões.

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O resultado, no entanto, é o mais robusto apresentado pelo setor em um mês de agosto desde 2021, quando as contas públicas tiveram superávit primário de R$ 16,729 bilhões. Em agosto do ano passado, por exemplo, o déficit foi de R$ 21,425 bilhões.

O levantamento da autarquia também analisou o déficit primário do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS), que registrou R$ 15,934 bilhões no mês passado. Estados e municípios tiveram déficit de R$ 1,314 bilhão. As empresas estatais tiveram déficit de R$ 6 milhões. Isoladamente, os Estados tiveram déficit de R$ 1,261 bilhão, e os municípios, déficit de R$ 54 milhões.

Acumulado

No acumulado anual, ou seja, de janeiro a agosto de 2025, o setor público consolidado possui um déficit primário de R$ 61,792 bilhões. O percentual equivale a 0,74% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados do BC.

O resultado anual é influenciado, principalmente, pelo déficit primário de R$ 84,618 bilhões nas contas do governo central, o equivalente a 1,01% do PIB. Estados e municípios têm superávit de R$ 31,117 bilhões (0,37% do PIB), e as empresas estatais, déficit de R$ 8,291 bilhões (0,10% do PIB).

Isoladamente, os Estados têm superávit de R$ 26,001 bilhões no acumulado de janeiro a agosto, e os municípios, saldo positivo de R$ 5,117 bilhões.