O número de pessoas em abrigos no Rio Grande do Sul diminuiu 89% desde o pico da emergência, quando 81,2 mil pessoas estavam em espaços comunitários. Com o último balanço da Defesa Civil estadual, realizado em 25 de junho, restam 8,8 mil desabrigados. Desde o início da tragédia climática, que afetou 95% dos municípios da região, o Ministério da Saúde tem atuado intensamente, fornecendo assistência tanto nos abrigos quanto no retorno das famílias às suas residências.

Atualmente, cerca de 200 abrigos permanecem ativos em 53 municípios. Em parceria com as secretarias estadual e municipais, foram coordenadas ações de cuidado, saúde mental e fornecimento de medicamentos. Além disso, orientações sobre limpeza e higienização das casas e descarte adequado de alimentos estão sendo disseminadas para garantir um retorno seguro e saudável às residências.

Márcio Garcia, diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública, reforça o compromisso do ministério: "Estamos dedicados a garantir suporte integral para os que estão nos abrigos e os que estão voltando para casa. Em colaboração com as autoridades locais, oferecemos cuidados médicos, apoio psicológico e orientações essenciais para assegurar a segurança e o bem-estar de todos os afetados."

O cuidado com a saúde pública continua sendo uma prioridade, especialmente com o monitoramento de doenças infecciosas, como a leptospirose, e a distribuição de vacinas e medicamentos. O ministério também mantém quatro hospitais de campanha operando no estado, registrando mais de 18,3 mil atendimentos. A mobilização de voluntários da Força Nacional de Saúde garante que a população gaúcha receba o apoio necessário durante este período de recuperação.