Atualmente, o SAMU de Feira conta com 11 veículos em operação, sendo oito ambulâncias de suporte básico e três de suporte avançado. "Esse reforço representa um salto importante na capacidade de resposta do serviço", acrescenta o titular da pasta.

Além disso, neste ano, o SAMU consolidou sua expansão regional com a implantação da base descentralizada em São Gonçalo dos Campos, ampliando o alcance do atendimento de urgência. Também atendeu uma antiga demanda dos profissionais, implementando a escala de 12h para os colaboradores da Central de Regulação das Urgências e de 24h para os da assistência — solicitações aguardadas há mais de 20 anos.

De janeiro até agora, o serviço já prestou 12.555 atendimentos à população, entre ocorrências e orientações por telefone, garantindo respostas mais rápidas e salvando vidas em situações emergenciais.

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A coordenadora do SAMU, Rita Lima, destaca os avanços conquistados e o comprometimento da equipe, formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores e profissionais da regulação, que recebem cada chamada da população.

"Celebramos mais de duas décadas de atuação com uma estrutura renovada e maior capacidade de acolhimento à população. Esse é um marco que reforça nosso compromisso de oferecer um atendimento humanizado, ágil e seguro a todos que precisam. Cada melhoria conquistada reflete uma gestão pautada na responsabilidade, transparência e no cuidado com a vida", afirmou.

As melhorias também chegaram à base do SAMU, que recebeu revitalização em suas instalações, incluindo nova pintura, resultado dos investimentos realizados pela Prefeitura.

TRAJETÓRIAS NO SERVIÇO

Rita Lima, enfermeira intervencionista, acompanha o serviço desde sua implantação. "Ao longo desses anos, acumulei uma vasta experiência no atendimento pré-hospitalar e na tomada de decisões em momentos críticos. Hoje, com conhecimento técnico e a vivência no campo, estou à frente desse importante serviço com o compromisso de salvar vidas e oferecer um atendimento humanizado".

Entre os profissionais que também fazem parte dessa história está a enfermeira Mary Ellen Rusu, 49 anos, que atua no SAMU desde a sua criação, há 21 anos. Ela relembra um dos momentos mais marcantes da trajetória no serviço, envolvendo uma família vítima de acidente de trânsito — experiência que, segundo ela, simboliza os desafios e a sensibilidade exigidos na rotina de salvar vidas.

"A situação que mais me marcou durante todos esses anos foi um acidente envolvendo uma família. O pai seguia de carro com as duas filhas para buscar a mãe, que é professora, na escola. No caminho, eles sofreram uma colisão com um caminhão. Uma das crianças, de aproximadamente quatro anos, ficou imprensada entre os bancos e faleceu ainda no local. O pai e a outra filha foram levados ao hospital, mas, infelizmente, também não resistiram".

Para ela, integrar a equipe significa "fazer parte de um projeto que transformou o atendimento pré-hospitalar de emergência no Brasil", destacando a dedicação de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores e demais profissionais que garantem socorro rápido e de qualidade.

Conduzindo ambulâncias do SAMU há 18 anos, Aloísio Alex Alves destaca o orgulho de participar de uma missão que exige atenção, agilidade e responsabilidade em cada ocorrência.

"Ser condutor é muito mais do que dirigir. É ter a consciência de que cada segundo faz diferença para salvar uma vida. Já vivenciei muitas situações marcantes, e em todas elas percebo a importância do nosso trabalho em levar a equipe de forma segura e rápida até quem mais precisa", afirma.