Polícia Civil intensifica ações na Campanha Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas
Iniciativa do Ministério da Justiça tem participação da Polícia Civil da Bahia e do DPT. Salvador terá pontos de atendimento entre os dias 5 e 15 de agosto.
A identificação genética tem papel essencial na Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, instituída pela Lei nº 13.812/2019. "A população pode contar não apenas com a campanha, mas também com ferramentas permanentes de apoio, como o WhatsApp da DPP, o Instagram, o site e o Disque Denúncia", afirma a delegada Ana Cristina Carvalho, titular da Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP).
A declaração marca o início da participação da Polícia Civil da Bahia na edição 2025 da Campanha Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça. As ações acontecem entre os dias 5 e 15 de agosto e contam com o trabalho conjunto da DPP e do Departamento de Polícia Técnica (DPT), com atividades programadas para Salvador e o interior do estado.
A campanha será dividida em três fases. A primeira será dedicada à coleta de amostras de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, com o pré-requisito de apresentação do boletim de ocorrência registrado nas unidades da Polícia Civil. Na segunda etapa, será feita a coleta de impressões digitais e material genético de pessoas vivas com identidade não confirmada. A última fase será voltada à análise das digitais de corpos não identificados, armazenadas nas unidades federativas.
📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp
Com mais de 2.042 ocorrências de desaparecimento registradas no primeiro semestre de 2025, a campanha representa uma importante ação de busca ativa. Em Salvador, os atendimentos acontecerão em dois pontos distintos, com duas equipes atuando simultaneamente: uma estará na Delegacia Móvel na sede do DPT, localizada na Avenida Centenário, das 9h às 17h, entre os dias 5 e 8 de agosto, e a outra equipe atenderá na sede da DPP, localizada no prédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Itapuã, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h.
Delegados, escrivães e investigadores estarão à disposição para registrar ocorrências, tirar dúvidas e orientar os familiares sobre os procedimentos.
No interior, as equipes do Departamento de Polícia do Interior (Depin) vão prestar apoio às famílias, indicando as unidades responsáveis por cada região e auxiliando no processo de registro e encaminhamento dos casos.
Cadastramento genético e Banco Nacional
Durante a campanha, o DPT fará o cadastramento de famílias e a coleta de amostras genéticas para posterior inclusão no Banco de Perfis, por meio do Laboratório Central de Polícia Técnica. O objetivo é cruzar os dados com os perfis antropológicos de ossadas que chegam ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), buscando compatibilidade.
As amostras genéticas de pessoas vivas e falecidas com identidade desconhecida também são enviadas ao Banco Nacional de Perfis Genéticos, permitindo o cruzamento com os dados coletados pelos 23 laboratórios de genética forense da rede nacional.
A população também pode utilizar canais permanentes de busca e orientação: o WhatsApp da DPP (71 99631-6538), o perfil @desaparecidospcba no Instagram, o site desaparecidos.policiacivil.ba.gov.br e o Disque Denúncia 181.
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.