Calderano quebra tabu e conquista Copa do Mundo
Brasileiro vence chineses e entra para história do esporte mundial
A China parou para assistir, e o Brasil parou para comemorar. No último domingo, dia 20 de abril, Hugo Calderano fez história em Macau ao se tornar o primeiro atleta fora da Ásia e Europa a levantar a taça da Copa do Mundo de Tênis de Mesa. E não foi contra qualquer um: o brasileiro deixou pelo caminho o 3º, o 2º e o 1º do ranking mundial — dois chineses e um japonês — numa campanha impecável e emocionante.
A reação nas redes chinesas foi imediata. O nome de Calderano dominou o Weibo, a maior plataforma social do país, com mensagens de respeito, como "Hugo se tornou um deus numa batalha". Em solo considerado o berço da modalidade, o feito do brasileiro foi tratado como um marco, não apenas esportivo, mas simbólico: venceu a estrutura e o favoritismo com suor, preparo físico e, principalmente, coração.
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Calderano, que chegou a chorar na entrevista pós-jogo, virou símbolo de superação. Um mês antes, ele mesmo admitiu que estava em baixa. Menos de um ano após sair sem medalha dos Jogos de Paris, o carioca ressurge como gigante, desafiando a lógica e o domínio chinês que reinava soberano desde 2005. De um país sem tradição no tênis de mesa, o brasileiro trouxe consigo um estilo "simples e rude", como descreveram os analistas de Xangai, mas com uma intensidade física que encantou até os mais exigentes.
Ainda houve quem questionasse a ausência de Fan Zhendong, medalhista olímpico e rival à altura. Mas, com ou sem Fan, o que se viu foi um Calderano maduro, consciente e pronto para escrever seu nome na história. Uma conquista que, mais do que inédita, mostra que o Brasil pode, sim, competir — e vencer — no mais alto nível. E como se diz por aqui, com o peito inflado: esse menino é brabo!
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