Copa do Mundo nos EUA expõe falhas na defesa aérea
Governadora teme ataque com drones em eventos de 2026
A um ano da Copa do Mundo de 2026, que terá a final disputada em East Rutherford, a poucos quilômetros de Nova York, o debate sobre segurança nos Estados Unidos ganhou tom de urgência. A governadora nova-iorquina cobrou publicamente o presidente Donald Trump por reforços federais contra ataques com drones, citando o torneio e outras grandes celebrações como alvos potenciais. Em carta oficial, Hochul pediu uma "estratégia abrangente" para proteger infraestruturas críticas e eventos de grande porte, diante do aumento do uso de drones em ações bélicas e terroristas ao redor do mundo.
A preocupação não é exagerada. A guerra na Ucrânia evidenciou o impacto dos drones como armas de baixo custo e alto potencial destrutivo. Nos Estados Unidos, o uso recreativo e comercial desses dispositivos ainda supera o controle institucional. A força-tarefa criada por Trump no mês passado tenta recuperar terreno, ampliando a capacidade de detecção e resposta, mas os especialistas em segurança alertam que o sistema de defesa aérea americano não está preparado para um ataque coordenado durante um evento como a Copa. A vulnerabilidade urbana, especialmente em metrópoles como Nova York, é gritante.
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Se o futebol é o espetáculo que une culturas, também é vitrine sensível para riscos geopolíticos. A FIFA exige protocolos rigorosos de segurança, mas a execução depende do país-sede. Com a final marcada para 19 de julho de 2026, o tempo joga contra. O atraso na legislação, o entrave entre agências federais e a resistência de setores civis ao monitoramento aéreo em massa dificultam a construção de um sistema confiável. A lição do 11 de Setembro ainda ecoa nos corredores de Washington, mas o inimigo agora vem sem piloto, sem ruído e sem nacionalidade visível.
Faz tempo que o futebol deixou de ser apenas bola rolando. Eventos como a Copa se tornaram tabuleiros estratégicos, onde segurança, diplomacia e imagem pública se misturam. Se os EUA quiserem entregar um Mundial à altura do que prometem — moderno, inclusivo e seguro — precisarão fazer mais que discurso. O torcedor que viajar para Nova York, seja do interior da Bahia ou do sul da França, merece um ambiente onde o risco não sobrevoe os estádios. A bola vai rolar em 2026, mas antes disso, é preciso blindar os céus.
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