O Fluminense fechou a venda de Jhon Arias ao Wolverhampton por €20 milhões (R$130 milhões), conforme anunciou o jornalista Fabrizio Romano. O atacante colombiano, eleito melhor em campo em três partidas do Mundial de Clubes, deixa o clube após dois anos e meio, onde marcou 37 gols em 142 jogos. A torcida reagiu com indignação nas redes sociais: 78% dos participantes de enquente no site oficial consideraram a negociação "precipitada".

Taticamente, a saída deixa um vazio difícil de preencher. Arias era o cérebro do ataque tricolor, responsável por 43% das jogadas ofensivas no Brasileirão 2025. Seu estilo - mistura de velocidade e precisão nos cruzamentos - rendeu-lhe o apelido de "Colombianinho" entre os torcedores. O desafio agora é do técnico Diniz: encontrar um substituto à altura num mercado inflacionado, onde R$130 milhões compram cada vez menos talento de ponta.

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Há certa contradição nessa revolta. O mesmo torcedor que cobra reforços de peso agora critica a venda que injeta recursos frescos no caixa. Como diz o ditado baiano, "não se pode ter o peixe e o dinheiro do peixe". A verdade é que o Fluminense acertou ao capitalizar no ápice do valor do jogador - estratégia que clubes brasileiros ainda relutam em adotar.

O legado de Arias vai além dos números. Ele provou que mesmo num futebol dominado por astros europeus, um talento sul-americano bem trabalhado pode brilhar em qualquer cenário. Cabe agora ao Fluminense reinvestir sabiamente os recursos - ou arriscar ver sua torcida, hoje indignada com a saída, amanhã revoltada com a falta de reposição à altura. O próximo jogo, contra o Cruzeiro, será o primeiro teste desse novo ciclo.