Coritiba dispara na Série B enquanto Athletico flerta com risco sério
Coxa atinge 90% de chance de acesso e Furacão teme rebaixamento
A 22ª rodada da Série B de 2025 redefiniu os polos do futebol paranaense. O Coritiba venceu o Novorizontino em São Paulo por 2 a 1, alcançou 90,16% de probabilidade de acesso e assumiu a liderança. No extremo oposto, o Athletico-PR, derrotado no clássico estadual e já a cinco pontos da zona de descenso, viu seu risco de queda para a Série C saltar para 13,26%, índice que expõe a delicada temporada do clube da Arena da Baixada.
O contraste se explica não apenas pelos resultados recentes, mas pelo planejamento. O Coritiba, sob o comando de Mozart, mantém padrão sólido: defesa estável e ataque que converte em eficiência os números do modelo estatístico que embasa as projeções. O Athletico, por sua vez, patina em escolhas técnicas e estratégicas — instabilidade no meio-campo e sucessivas falhas de finalização alimentam uma curva descendente que parece mais estrutural do que conjuntural.
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As consequências são evidentes. O Coritiba, com mais de 90% de probabilidade de acesso, depende de uma trajetória mínima até o fim da competição: 68 pontos devem bastar para confirmar o retorno à Série A. O Athletico, entretanto, convive com cenário bem distinto. Ainda que a queda não seja iminente, a proximidade da zona e o desempenho em campo sugerem riscos crescentes. Para um clube que se habituou a disputar Libertadores, a mera hipótese de Série C soa como pesadelo corporativo.
É nesse ponto que a análise transcende o campo. O Coritiba, mesmo com orçamento inferior, demonstra coerência entre discurso e prática; o Athletico, rico em ativos e ambição, tropeça no básico. Não se trata de acaso, mas de gestão. Em 25 anos de cobertura esportiva, aprendi que, no futebol, nem sempre vence quem investe mais, mas quem sabe aonde quer chegar. O Coxa mostra caminho; o Furacão, por ora, perde-se na ventania.
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