Cristiano Ronaldo recusa Mundial e encerra fase no Al Nassr
Ídolo de 40 anos sinaliza pausa em clubes e foca Portugal
Cristiano Ronaldo confirmou neste sábado (7), em Munique, que não participará do novo Mundial de Clubes da Fifa, programado para começar dia 14 de junho nos Estados Unidos. Aos 40 anos, o atacante português também declarou que está de saída do Al Nassr, da Arábia Saudita, encerrando um ciclo iniciado no início de 2023. Em meio às especulações sobre seu futuro, CR7 preferiu manter o foco na seleção portuguesa, que disputa neste domingo a final da Liga das Nações contra a Espanha.
Tecnicamente, a ausência de Ronaldo no Mundial afeta tanto o torneio quanto as equipes que sonhavam contar com sua experiência. O formato expandido da competição — com 32 clubes, em moldes parecidos com a Copa do Mundo — foi pensado justamente para dar mais apelo global, mas perde parte desse brilho sem um nome de peso como o do camisa 7. O português ainda esbanja vigor físico e poderia agregar dentro e fora de campo, seja em minutos jogados ou como símbolo midiático. Ao recusar propostas, ele sinaliza um novo momento da carreira: menos vitrine, mais critério.
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Para quem acompanha o futebol com olho treinado e memória viva, a decisão de Ronaldo ecoa os movimentos de outras lendas que souberam sair por cima — ou pelo menos com o script sob controle. É o que se vê pouco hoje em dia, quando muitos ídolos se prolongam até virarem caricatura. Em Portugal, onde Cristiano ainda é tratado como patrimônio nacional, a escolha foi lida com respeito. Já em outras paragens, como no Brasil nordestino, onde ainda se fala de Pelé e Eusébio como quem fala de orixá, o gesto tem algo de simbólico: saber parar também é arte.
Agora, resta entender qual será o próximo passo de CR7. Ele evita cravar aposentadoria, mas seu discurso já aponta para uma "decisão quase definitiva". Se não pendurar as chuteiras, deve pelo menos mudar de prateleira: menos exposição, mais legado. E cá entre nós, com tanto campo rodado, talvez ele esteja só esperando a hora certa de dizer adeus. Como se diz por aqui, "quem já comeu farinha não estranha farelo" — e Ronaldo, por tudo o que jogou, já fez mais que o bastante para se despedir sem olhar para trás.
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