Cuiabá vacila na Curuzu e perde chance de entrar no G-4
Paysandu reage com pênalti polêmico e mantém esperança contra queda
O empate por 1 a 1 entre Paysandu e Cuiabá, na Curuzu, contou uma história de dois tempos distintos e deixou gosto amargo para ambos. O Dourado abriu o placar ainda na primeira etapa, com um golaço de Alejandro Martínez, mas não conseguiu transformar o domínio em vantagem sólida. No segundo tempo, já sob pressão do lanterna, vacilou em lance insólito: o goleiro Luan Polli segurou a bola por mais de oito segundos, originando o escanteio que precedeu o pênalti convertido por Garcez. Com o resultado, o Cuiabá segue em sexto lugar com 46 pontos, fora da zona de acesso, e o Paysandu permanece afundado na lanterna, com 26.
Do ponto de vista técnico, o Cuiabá demonstrou superioridade inicial, explorando bem os corredores com Mateusinho e Carlos Alberto. A circulação rápida de bola abriu espaços até que David Miguel encontrou Martínez para o chute no ângulo. O problema foi a queda de intensidade após o intervalo. O time recuou linhas e entregou iniciativa a um Paysandu que, limitado na construção, só incomodou em bolas paradas. O lance que originou o empate, embora raríssimo no futebol profissional, escancarou a falta de controle emocional e de atenção da equipe visitante, que pagou caro pelo relaxamento.
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As consequências são significativas para ambos. O Cuiabá desperdiça uma oportunidade estratégica de ultrapassar o Athletico-PR e se firmar no G-4, deixando a disputa pelo acesso ainda mais embolada. A equipe pode inclusive perder posições para Chapecoense e Novorizontino ao final da rodada. Já o Paysandu, mesmo com o ponto conquistado, não conseguiu reduzir a distância para sair da zona de rebaixamento, que permanece em seis pontos. A sobrevida veio mais pelo erro do adversário do que por uma reação estruturada.
A leitura crítica é direta: o Cuiabá mostrou imaturidade para lidar com o momento decisivo da Série B. Não basta talento individual se a equipe não sustenta concentração até o apito final. Quanto ao Paysandu, o empate pode animar a torcida, mas o cenário ainda exige mais do que brio e sorte em lances fortuitos. O time paraense precisa construir vitórias, e rápido, se quiser escapar do abismo da Série C. O futebol de 2025 não perdoa distrações e, neste caso, premiou a insistência do desesperado em detrimento do candidato ao acesso.
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