Corinthians cede empate nos acréscimos e frustra estreia na Libertadores
Valencia marca no fim e mantém invencibilidade do Independiente Dragonas
A estreia do Corinthians na Libertadores Feminina 2025 teve sabor amargo. No Estádio Florencio Sola, em Banfield, a equipe paulista abriu o placar cedo, com pênalti convertido por Gabi Zanotti aos 11 minutos, mas cedeu o empate ao Independiente Dragonas nos acréscimos do segundo tempo. O 1 a 1 mantém as brasileiras vivas na competição, mas evidencia a dificuldade em transformar domínio em resultado concreto. As equatorianas celebraram o ponto como triunfo, enquanto o time de Lucas Piccinato saiu de campo com expressão de derrota.
Do ponto de vista tático, o Corinthians controlou a posse e trocou mais de 470 passes, mas pecou na objetividade. A linha ofensiva, formada por Andressa Alves, Vic Albuquerque e Zanotti, até conseguiu espaços no primeiro tempo, porém mostrou pouca contundência após o intervalo. A falta de precisão nas finalizações pesou: foram 12 tentativas, apenas metade delas no alvo. Do outro lado, o Independiente apostou na disciplina defensiva e nos erros brasileiros, aproveitando-se de uma falha de cobertura para que Valencia acertasse um belo chute no ângulo de Nicole aos 48 minutos. O roteiro expôs um problema recorrente: o Corinthians cria mais do que concretiza.
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As consequências imediatas são claras. Com o empate, o Corinthians soma apenas um ponto e se complica num grupo em que o Santa Fe já largou com vitória. A equipe terá de buscar recuperação diante do Always Ready, na próxima rodada, sob pena de carregar a pressão da classificação para o duelo decisivo contra as colombianas. O Independiente, por sua vez, ganha moral e mantém viva a chance de avançar, mesmo sem ter feito uma partida brilhante. O equilíbrio do grupo A promete se estender até a última rodada.
A leitura crítica é inevitável: o Corinthians, que chega à Argentina carregando o rótulo de favorito, parece ainda buscar sua identidade em 2025. O time se apoia em nomes experientes, mas carece de variação ofensiva e apresenta dificuldade para matar jogos que domina. A sensação é de que a camisa continua imponente, mas já não basta apenas a tradição para impor respeito no continente. O empate contra as Dragonas serve de alerta: ou a equipe aprende a traduzir controle em eficiência ou verá sua caminhada se transformar em uma travessia mais turbulenta do que imaginava.
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