São Paulo vence Fortaleza com um a menos e reacende ambição
Jejum encerrado fora de casa expõe crise cearense e reacende disputa paulista
A noite no Castelão trouxe dois enredos opostos. O São Paulo, pressionado por quatro derrotas consecutivas e pela expulsão de Rigoni ainda no primeiro tempo, encontrou força para superar o Fortaleza por 2 a 0 e encerrar um jejum de cinco anos sem vencer o rival nordestino. Tapia abriu o placar e Luciano confirmou o triunfo que recoloca o Tricolor paulista no radar do G-6, agora com 38 pontos, a apenas dois do Bahia. Para os donos da casa, a derrota mantém o time na penúltima posição, com 21 pontos, agravando uma temporada marcada por tropeços e instabilidade.
O duelo foi um retrato fiel de duas realidades. O Fortaleza, com posse de bola inflada (65%) e maior número de finalizações, fracassou naquilo que mais importa: transformar controle em resultado. O São Paulo, por sua vez, mesmo reduzido numericamente desde os 38 minutos do primeiro tempo, apostou em linhas baixas, compactação e transições rápidas. Hernán Crespo fez do pragmatismo um escudo, sustentado por atuações seguras de Rafael no gol e pela eficácia dos atacantes, que souberam ser clínicos em momentos decisivos. A diferença esteve na objetividade, não na estatística.
📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp
As consequências são claras. O São Paulo respira aliviado e volta a sonhar com vaga direta em competição continental, recuperando moral antes de uma reta final em que cada ponto terá peso dobrado. Já o Fortaleza, com apenas cinco vitórias em 26 jogos, vê a queda para a Série B como ameaça cada vez mais palpável. O ambiente de tensão interna se reflete na arquibancada, que deixou o estádio em silêncio desconfortável, reflexo de uma equipe que parece não encontrar identidade.
O olhar crítico não permite ilusões: a vitória paulista é valiosa, mas não resolve problemas estruturais. Crespo conseguiu reorganizar um elenco fragilizado emocionalmente, mas a dependência de lampejos individuais permanece evidente. Do lado cearense, a crise é mais profunda, e a retórica de união não substitui resultados. O futebol de 2025 não perdoa equipes que confundem posse com protagonismo. O São Paulo foi eficiente, o Fortaleza foi estéril. A tabela, implacável, tratou de confirmar.
📱 Acesse o nosso site RadioGeral e TVGeral
📲 Nos acompanhe também nas redes sociais:
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.