Flamengo tropeça em casa e vê Palmeiras encurtar distância na tabela
Cruzeiro desafia líder com empate valente e altera equilíbrio do Brasileirão
O Maracanã recebeu na noite de quinta-feira mais de 72 mil pessoas para testemunhar um duelo de alta voltagem entre Flamengo e Cruzeiro. O placar final de 0 a 0 refletiu menos a monotonia do que a precisão dos goleiros Rossi e Cássio, decisivos para manter a igualdade. O resultado preservou o Flamengo na liderança com 55 pontos, mas abriu espaço para o Palmeiras reduzir a diferença para apenas três, enquanto o Cruzeiro, antes vice-líder, caiu para a terceira colocação, estacionado nos 51 pontos.
Do ponto de vista tático, o encontro expôs duas leituras distintas de jogo. O Flamengo tentou impor intensidade no primeiro tempo, mas esbarrou na compactação cruzeirense, que se fechou em 4-5-1 e neutralizou os espaços de Arrascaeta e Pedro. A equipe mineira cresceu na etapa inicial e obrigou Rossi a duas defesas em sequência. No segundo tempo, a partida ganhou velocidade e drama: chances claras de ambos os lados, cruzamentos perigosos e intervenções cirúrgicas de Cássio. O equilíbrio estatístico, com posse de bola dividida e 25 finalizações somadas, ilustra bem o caráter de xadrez moderno do confronto.
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As consequências são diretas. Para o Flamengo, o empate em casa amplia a pressão diante da perseguição palmeirense, que ainda tem um jogo a menos e pode reduzir ainda mais a vantagem. O Cruzeiro, embora mantenha a solidez competitiva que o consolidou no G-4, perde a vice-liderança num momento crucial da corrida por vaga direta na Libertadores. Além disso, Botafogo e Mirassol começam a rondar, alimentando um cenário em que cada tropeço passa a custar caro.
A leitura crítica revela duas faces de um mesmo drama. O Flamengo parece refém da dependência criativa de Arrascaeta, sem que Bruno Henrique e Pedro assumam protagonismo quando o uruguaio é contido. Já o Cruzeiro exibe maturidade defensiva, mas carece de contundência para transformar boas atuações em vitórias fora de casa. O empate, embora justo, soa como vitória moral para os mineiros e alerta vermelho para os rubro-negros: liderança não significa tranquilidade em um campeonato cada vez mais comprimido no topo.
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