Draft NBA define novos talentos e aposta em jovens versáteis
Primeira e segunda rodadas movimentam escolhas e trocas intensas
O Draft da NBA 2025 chegou ao fim com a seleção de 59 jovens talentos que reforçarão as franquias na temporada 2025/26. Cooper Flagg, já tratado como futuro astro, foi escolhido pelo Dallas Mavericks como o número um, enquanto a segunda rodada começou com Rasheer Fleming, selecionado após troca envolvendo Phoenix Suns e Minnesota Timberwolves. Destaque também para o Boston Celtics, que manteve a tradição e apostou em nomes sólidos como Noah Penda, além de franquias como o Charlotte Hornets, que priorizaram reforços defensivos. O evento, realizado em Nova York, reforçou a tendência de olhares voltados para talentos polivalentes e para o fortalecimento do perímetro.
Tecnicamente, o Draft revelou o apetite das franquias por jogadores de perfil híbrido, capazes de executar múltiplas funções em quadra. Fleming, por exemplo, chega com um leque promissor: eficiente como cutter e seguro no arremesso de longa distância. O Charlotte Hornets, que buscava identidade defensiva, apostou em Ryan Kalkbrenner, gigante de 2,16m que acumulou prêmios de melhor defensor no basquete universitário. O Phoenix Suns, por sua vez, foi cirúrgico ao garantir Koby Brea, um armador de mão calibrada, que traz no DNA a especialidade das bolas de três. Com movimentações intensas, o Draft deixou claro que ninguém quer ficar com a brocha na mão quando o assunto é renovação de elenco.
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Por aqui, o basquete brasileiro segue acompanhando com interesse distante, quase como quem espreita da janela um vizinho agitado. O abismo estrutural entre o NBB e a NBA permanece largo como as águas do Paraguaçu. Enquanto na Bahia o basquete ainda luta por espaço e investimento, a NBA já esbanja cifras e estrutura dignas de produções hollywoodianas. Se na década de 90 os olhos brasileiros se voltavam para Oscar e Pipoka tentando cravar espaço nos Estados Unidos, hoje a torcida é por ver, quem sabe um dia, um novo nome da nossa terra figurando nessas listas — o que, convenhamos, está cada vez mais difícil.
O Draft deste ano sinaliza que as franquias da NBA estão olhando com lupa para versatilidade e maturação rápida. Os escolhidos terão pouco tempo para provar que valem as apostas feitas. É preciso entender que o sucesso no universitário não garante sobrevida na liga mais competitiva do mundo. O jogo é veloz, o espaço é caro e quem não entrega logo, escorrega. Para quem chega, o recado é claro: bem-vindo ao palco onde o talento precisa ser afiado todo dia — senão, o banco espera.
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