Flamengo vende Gerson e fatura alto após segunda passagem
Volante rende lucro milionário e reforça poder financeiro rubro-negro
A trajetória de Gerson no Flamengo virou referência de boa gestão esportiva e financeira. Com a venda confirmada para o Zenit por 25 milhões de euros (R$ 160 milhões), o clube carioca encerra um ciclo de idas e vindas que, ao todo, garantiu um lucro líquido de R$ 144 milhões. O volante, revelado pelo Fluminense e consagrado com o Manto Sagrado, acumulou 253 partidas, 19 gols e doze títulos em duas passagens pela Gávea, além de se tornar capitão e figura central no vestiário rubro-negro.
Dentro de campo, Gerson ofereceu ao Flamengo um meio-campo de imposição física e qualidade técnica. Na primeira fase, foi peça-chave da engrenagem que dominou o Brasil e a América do Sul em 2019 e 2020. Na volta, entregou versatilidade e consistência, mas também enfrentou um desgaste natural, com sinais de queda de rendimento em 2025. O acerto com o Zenit se tornou, estrategicamente, uma boa hora para ambas as partes: o Flamengo capitaliza e Gerson busca novos ares em um futebol que vem garimpando nomes brasileiros com apetite renovado.
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O negócio, que tem sido falado até nos quatro cantos de Salvador, ecoa como um daqueles casos raros em que o clube acerta duas vezes no mesmo jogador. Em tempos onde o torcedor baiano ainda recorda da venda de Bobô nos anos 80 e da astúcia do Vitória com Vampeta nos anos 90, o Flamengo agora repete a façanha, mas com cifras de outro patamar. O sucesso rubro-negro no mercado internacional reforça o peso que o futebol brasileiro voltou a ter na vitrine do mundo, especialmente após a valorização gerada pela Copa do Mundo de Clubes 2025.
O desafio do Flamengo, agora, será preencher a lacuna deixada por Gerson sem perder o prumo. Há quem diga que Luiz Araújo pode segurar a peteca, mas o momento exige critério e inteligência. O Rubro-Negro precisa reforçar o elenco para manter a competitividade em alto nível, sobretudo numa temporada que ainda reserva mata-matas exigentes. O jogo de mercado é tão fino quanto um passe de três dedos, e o Flamengo parece ter aprendido a conduzi-lo. Resta saber se vai continuar comprando e vendendo tão bem quanto jogou nos últimos anos.
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