Fluminense perde preparador físico Diego Arantes após luta contra câncer
Profissional de 38 anos trabalhou 12 anos no clube e foi homenageado
O Fluminense amanheceu em silêncio nesta terça-feira, após receber a notícia da morte de Diego Arantes, 38, preparador físico que integrava a comissão técnica tricolor havia 12 anos. Diagnosticado com câncer, Arantes enfrentou a doença nos últimos meses, permanecendo próximo ao elenco até o limite de suas forças. A ligação com o grupo era tamanha que Thiago Silva, capitão e ídolo, dedicou-lhe um discurso emocionado no vestiário, no fim de abril, reconhecendo sua força e influência sobre o time.
A presença de Arantes não se resumia a treinos e planilhas: ele representava um elo de confiança entre jogadores e comissão. Em viagens, como na recente participação do Flu no Mundial de Clubes, sua figura era ponto de apoio para atletas e demais profissionais. Tecnicamente, mantinha o time em alta exigência física, ajustando cargas de trabalho e prevenindo lesões, num período em que o calendário do futebol brasileiro — cada vez mais saturado — exige soluções criativas e disciplinadas para preservar o desempenho coletivo.
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Sua ausência reconfigura não apenas o departamento físico, mas também a rotina emocional do elenco. A médio prazo, a direção terá de decidir entre promover um nome interno ou buscar um perfil que mantenha a filosofia implementada por Arantes. No vestiário, a perda vai além do cargo: representa o fim de uma presença motivadora, capaz de unir jogadores em torno de metas comuns, algo raro em tempos de contratos voláteis e pressões externas.
É inevitável reconhecer que figuras como Diego Arantes fazem o futebol respirar para além dos 90 minutos. A frieza dos números e o pragmatismo tático não dão conta do impacto humano que certos profissionais exercem no esporte. No caso do Fluminense, perde-se mais do que um preparador físico; perde-se um agente silencioso de vitórias, alguém que, mesmo diante da doença, sustentou a energia do grupo. Como se diz na Bahia, deixou seu axé no clube — e isso, por si só, já é parte da história tricolor.
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