Ministério Público insiste em condenação de Daniel Alves
Procuradores espanhóis dizem que decisão absolveu e ainda culpou a vítima
Mesmo após a absolvição no fim de março, o caso envolvendo Daniel Alves voltou a esquentar os corredores da Justiça espanhola. O Ministério Público não engoliu a decisão do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha e apresentou novo recurso ao Supremo. Na visão da promotoria, houve falhas graves na análise das provas e, mais do que isso, um julgamento moral contra a vítima.
O recurso é direto ao ponto: acusa os juízes de terem feito uma leitura "irracional e arbitrária" do conjunto probatório. E vai além: denuncia que a interpretação da corte revive preconceitos medievais ao tratar o comportamento da vítima como sinal de consentimento. As imagens da boate e os vestígios biológicos, que antes embasaram a condenação de quatro anos e meio de prisão, agora são vistos sob nova lupa.
📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp
Daniel Alves já estava em liberdade condicional após 14 meses preso, e a decisão da apelação lhe deu fôlego. Mas o novo embate jurídico pode reacender a possibilidade de nova condenação. A promotoria pede que o Supremo analise se a corte catalã agiu dentro dos limites legais ao anular a sentença — algo raro, mas possível no emaranhado das leis espanholas.
Enquanto isso, a pressão da opinião pública e de movimentos feministas segue forte. Em campo, Daniel Alves foi ídolo. Fora dele, o jogo agora é outro — e o placar final ainda está longe de ser definido.
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.