O Flamengo voltou para casa mais cedo na Copa do Mundo de Clubes 2025 após ser superado pelo Bayern de Munique por 4 a 2 nas oitavas de final, em Miami. O resultado, que já seria indigesto por si só, ganhou um tempero ainda mais amargo quando o goleiro Manuel Neuer, referência mundial na posição, classificou a vitória alemã como "fácil" durante entrevista a jornalistas peruanos. O vídeo viralizou rapidamente, aumentando a pressão sobre o clube carioca.

Do ponto de vista técnico, o Bayern impôs um ritmo avassalador nos primeiros minutos, abrindo 2 a 0 antes dos dez de jogo. Mesmo com a reação parcial do Flamengo, que chegou a encostar no placar com um pênalti convertido por Jorginho, o time alemão não se desestabilizou. A compactação defensiva e a superioridade física do Bayern minaram as tentativas rubro-negras de buscar o empate. O Flamengo teve a bola, mas faltou contundência e, ao que parece, sobrou ingenuidade.

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Para o futebol brasileiro, a eliminação do Flamengo acende um alerta que já vinha piscando. Desde a queda para o Liverpool em 2019, os tropeços dos brasileiros contra os gigantes europeus têm sido uma constante no noticiário esportivo. O Bayern, que já despachara o time carioca em 2013, repete o roteiro em 2025. A impressão que fica é que, mesmo com elencos milionários e boas campanhas continentais, os clubes brasileiros ainda chegam na "rabeira" quando o assunto é o enfrentamento com as grandes potências do Velho Mundo.

Se quiser manter o discurso de gigante global, o Flamengo precisará mais do que o habitual controle de jogo e boas tabelas pela esquerda. É necessário rever conceitos de intensidade, preparação física e estratégias para duelos de alta exigência. Se continuar tropeçando nessas etapas internacionais, vai acabar ficando conhecido como um freguês de luxo na prateleira dos europeus. Como se diz aqui no sertão, de vez em quando é bom saber que o outro lado também sabe mexer a panela.