O torcedor santista que acreditou no conto de fadas do retorno de Neymar acordou, neste domingo, com um tapa de realidade — e dos mais dolorosos. Na Vila Belmiro, diante de um público que ainda alimentava esperança, o camisa 10 decidiu protagonizar uma cena que ficará marcada: tentou fazer um gol com a mão, foi flagrado pelo VAR e acabou expulso. Resultado? Santos derrotado por 1 a 0 pelo Botafogo e mais afundado no Z-4 do Brasileirão.

O símbolo do fiasco não poderia ser mais cruel. Se não renovar contrato, este terá sido o último ato de Neymar vestindo a camisa alvinegra. Uma despedida melancólica, incompatível com tudo o que ele representa na história do clube e do futebol brasileiro. O craque que encantou o mundo sai de cena como vilão, jogando a braçadeira de capitão no chão e deixando um rastro de frustração.

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Os números, aliás, gritam. Foram 12 jogos, três gols e três assistências em cinco meses — desempenho pífio para quem embolsou mais de R$ 100 milhões nesse período. Em campo, a herança é uma eliminação no Paulistão, vexame na Copa do Brasil e uma campanha sofrível no Brasileirão. Fora dele, o clube tenta se enganar dizendo que o retorno valeu pela "imagem" e pelos patrocinadores. Balela.

O fato é que Neymar não entrega mais o que se espera dele. Aos 33 anos, vive brigando com o próprio físico e, pior, com uma postura incompatível com o futebol profissional. A expulsão contra o Botafogo não foi só um lance isolado — foi o retrato fiel de um jogador que parece ter desistido de ser atleta. E, com toda sinceridade, Neymar conseguiu algo raro: convencer até seus defensores a desistirem dele. 

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