Santos sofre goleada vergonhosa para Bragantino mesmo com vantagem numérica
Peixe inoperante não aproveita dois expulsos rivais e cai para décima posição
O placar de 4 a 0 em Atibaia não deixa margem para suavizações. O Santos, irregular desde o início do Brasileiro Sub-17, foi amplamente dominado pelo Bragantino, que marcou dois gols em cada tempo e ainda suportou boa parte da etapa final com jogadores a menos. João Guilherme, Caíque, Paulinho e Luis Gustavo construíram a vitória que recoloca os rubro-negros na briga direta pelo G-4. O Peixe, com 28 pontos, desceu para a décima colocação e viu aumentar a desconfiança sobre o trabalho desenvolvido na base.
A análise da partida revela falhas técnicas e mentais de difícil explicação. Com um homem a mais a partir dos seis minutos do segundo tempo e, depois, com dois, o Santos não conseguiu transformar a superioridade numérica em pressão. A equipe girava a bola sem profundidade, dependente das arrancadas solitárias de Nadson, enquanto a defesa se mostrava frágil diante da velocidade dos atacantes adversários. O Bragantino, por sua vez, foi pragmático: linhas compactas, saída veloz em transições e eficiência na finalização. Foi o suficiente para expor um abismo que deveria ser, no papel, menor.
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As consequências da goleada são imediatas na tabela e corrosivas no ambiente. O Santos, que poderia ter consolidado vaga antecipada na próxima fase, agora precisa de reação rápida para não comprometer a classificação. O Bragantino, em contrapartida, alcança 30 pontos, assume a sexta colocação e se projeta como candidato a surpreender gigantes na reta final. Em um torneio cada vez mais equilibrado, a capacidade de lidar com cenários adversos, como jogar com nove, pode ser o diferencial.
Cabe, porém, uma crítica estrutural. O resultado não é apenas reflexo de um mau dia, mas de um modelo de formação que insiste em repetir padrões ofensivos sem alternativas táticas. O Santos, tradicional celeiro de talentos, parece incapaz de adaptar sua filosofia à exigência física e estratégica do futebol de 2025. O Bragantino, com investimento planejado e metodologia clara, colheu em 90 minutos o que planta há anos. A goleada serve como alerta: sem revisão urgente de processos, o Peixe seguirá pagando caro por confiar apenas na mística da camisa.
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